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70.000 Tons of Metal – Parte 3

Confira mais um texto escrito por um de nossos WikiBrothers:

Capitulo 3: Descanse: Você esta nas lindas ilhas Turks and Caicos – 3o Dia

Por Gilberto Morais

Bom dia, camaradas!

7:00 da manha: Acabamos de chegar em Grand Turks, nosso destino! Cruzeiros Marítimos temáticos de Metal significam turismo também. E nós agradecemos os organizadores do evento por esta pausa por um tempo e nos permitir a oportunidade de descansar, relaxar e curtir as belezas naturais deste lugar maravilhoso.

TURISMO EM TURKS AND CAICOS:

Assim como o procedimento de embarque em Miami, gostaria de expressar a minha sincera gratidão aos promotores pelo desembarque rápido, eficiente e tranquilo nesta linda ilha. Não foi preciso pegar um barco para que nos levasse até a costa. Além disso, você poderia deixar o navio ou não a hora que bem entendesse, respeitando o limite até às 15:30, hora de estar de volta à bordo! Às 16:00, o navio estava navegando de volta a Miami e de maneira pontual.

Dito isso, você já ouviu falar a respeito das Ilhas Turks and Caicos?

Caso não tenha ouvido falar, deixe-me falar um pouco a respeito deste excelente grupo de ilhas localizadas entre Cuba e a Republica Dominicana. Seja musico, membros da equipe da banda ou imprensa, não importa, essa era a hora de ir passear, relaxar, afinal, seres humanos também precisam dar um tempo de vez em quando.

Pessoalmente, eu me levantei mais tarde e fui direto a um bar chamado Margherita e tomei excepcionais Piña Coladas feitas com o rum típico do Caribe, acompanhadas por asas de frango apimentadas totalmente iradas servidas como aperitivo e conversei animadamente com 2 amigos brasileiros que me acompanharam durante todo este evento.

A medida que o tempo passou, o bar estava ficando lotado! Subitamente, Markus Grosskopf do Helloween sentou se numa mesa ao lado da nossa e se lembrou de mim da noite anterior e conversamos u pouco em alemão.
Era de se notar a presença de muitos músicos que passavam por ali ou simplesmente iam tomar seus drinks. Entre eles, vi o Peavy Wagner (Rage), Andi Deris (Helloween). Mais tarde, Sy Keller e Nige Rockett (Onslaught) estavam deitados em cadeiras de praia e curtindo o sol. Não queria incomodar ninguém e mais que nunca era a minha única chance de provar e desfrutar o mar azul e verde caribenho.

CONTATOS COM ARTISTAS DURANTE O EVENTO

Estou certo que vocês já devem ter me perguntado quanto tempo levará para lhe contar como foi a relação entre músicos e fãs a bordo? Três palavras: A MELHOR POSSÍVEL! Fora as áreas designadas e restritas do Meet &Greet, era também permitido manter contato com nossos ídolos, sem problemas. Tudo funciona como se fosse um backstage. Aliás, os próprios organizadores estimulam o público a levar a coleção para ser autografada e por aí vai.

Você encontrou por acaso alguém que tanto admira? Sem problemas! Você pode conversar na boa, pedir uma foto, autografo, caso não esteja ocupado com alguma coisa neste momento. Pelo que pude observar, a maioria absoluta dos caras foram gente boa a nossos pedidos, bem tranquilos, sem frescura e estrelismo. Seja educado, legal e se notar que os esteja incomodando ou que estão ocupados com coisas mais importantes, apenas deixe os na boa. Não se preocupe, pois haverá certamente uma nova oportunidade, caso não de certo de cara, na primeira tentativa.

Fora o trabalho deles como músicos, eles também estão curtindo férias e tendo esta oportunidade exclusiva para se divertir também. Apenas seja um pouco paciente e você observará o resultado. Talvez alguém bem conhecido venha te perguntar, se incomodaria dividir a mesma mesa para um drink ou refeição. Acredite, isso acontece!

Para encerrar, você os observará em todos os lugares. Estou seguro que você nem dará bola a isso, quando já estiver todo acostumado com o esquema.

Bem, hora de ir a fundo ao que você aguarda: OS SHOWS!!!

FATAL SMILE (17:00 –17:45) – SPECTRUM LOUNGE

Por favor, atenta se a seguinte regra antes de prosseguir na leitura do restante da resenha:

Os Dias 3 e 4 são dedicados exclusivamente aos segundos shows de cada banda que se apresentou neste cruzeiro temático. Não há nenhuma novidade referente ao cast completo, apenas as mesmas bandas que tocaram anteriormente.

A segunda aparição dos suecos foi realizada uma vez mais no Spectrum Lounge. Aliás, o Fatal Smile foi uma das únicas bandas a não se apresentar uma vez ao ar livre e outra em local fechado, como era de se esperar. Não sendo bem conhecidos em solo americano, a presença de público foi fraca. Daí, o local escolhido para os dois shows foi bem selecionado. Por sorte, a banda e público puderam se sentir num show com clima intimista. Nada mal para os fãs!

De volta ao show, por ter ido almoçar bem tarde e pelo serviço moroso, infelizmente perdi os primeiros 15 minutos desta segunda apresentação no 70.000 Tons, porém, não há muito a acrescentar em relação à alguma melhora referente ao show passado. Pelo que pude observar, houve só uma pequena variação no setlist deles. Excluíram SOB? Ou talvez tenham tocado no começo da apresentação? Não tenho certeza! Notei as mesmas músicas que destaquei anteriormente: „Run for your Lives“ e a balada dedicada a Ronnie James Dio com o mesmo discurso anterior do vocalista Blade, homenageando nosso herói. De fato, belas palavras e sobretudo respeito a este ser humano tão amado. Além disso, o fim do set foi com o primeiro single do novo álbum „21st Century Freaks“, a faixa „Welcome to Freak Show“ ao invés da já mencionado „SOB“, que encerrou a apresentação anterior.

Desejo aos caras da banda o melhor possível e aguardo que voltem aos eixos. Talvez eles consigam lançaar um novo disco tão bom quanto o poderoso „World Domination“ e toquem de maneira tão sólida e coesa como os velhos tempos. Continuarei a apoiá-los, apesar destes últimos shows apenas OK. Eles merecem ainda uma nova chance.

ANGRA (18:30 – 19:30) – POOL DECK

As pessoas estavam bem curiosas para saber se o Angra iria revelar alguma surpresa durante este show. Finalmente tocariam „Carry On“? Porque o vocalista Carl Casagrande (Stormborn, ex-Scelerata) comentou em redes sociais que ele estaria junto com a banda neste cruzeiro? Seria apenas um convidado especial ou quiças o novo vocalista da banda? Respostas a seguir:

Primeiro, os boatos do novo vocalista continuam em segredo para nós. O Fabio Lione cantou neste show inteiro e não houve participação do Carl como vocalista. O que pude notar é que ele esteve trabalhando como um membro da equipe da banda, talvez como um tour manager.

A segunda apresentação da banda não foi tão diferente da primeira. Para começar, eles tocaram as mesmas faixas, exceto uma ou outra do primeiro show. Mais uma vez fiquei impressionado com a performance de alto nível do Fabio Lione. Apesar de cogitar que ele deve ter aprendido o material da banda provavelmente na última hora, parecia que ele já era um membro permanente da banda há muito tempo.

Antes tarde do que nunca, deixe-me apresentar a convidada especial desta apresentação: ninguém menos que a beldade Clarence Cox da banda tributo feminina, Iron Maidens, você sabe quem estas minas homenageiam. Oh,sim, eles tocaram um cover do Maiden: „Wasted Years“. Não só a banda mas também a própria Clarence Cox detonaram nesta faixa! O solo dela foi tocado de maneira perfeita, com toda acuidade, nota por nota. Fantástico!

Encerrando este set, a 2ª canção mais conhecida e requisitada deles: „Nova Era“. Não houve bis e a faixa de encerramento ecoou no sistema de som: Gate XIII. Dito isso, „Carry On“ não foi de fato tocada! Ninguém sabe ao certo, se foi cortada. De qualquer forma, na minha opinião humilde, a banda tocou bem melhor que o show passado e parecia mais a vontade, Esperemos que possam estar mais ativos de agora em diante e os tempos sombrios tenham ido embora.

METAL CHURCH (19:30 – 20:30) – CHORUS LINE THEATER

Não é preciso dizer que o Metal Church foi um dos shows mais aguardados de todo o 70.000 Tons. Nesta hora, eles iriam variar o set list constituído da performance na íntegra de todo o álbum de estreia „Metal Church“.

Contudo, nossa equipe teve a honra de testemunhar algo que nos deu muito orgulho: o vocalista Ronny Munro estava se aquecendo antes do show trajando uma camiseta do Wikimetal dada na noite passada. Ele é O CARA!

Bem, o que posso dizer a respeito desta performance propriamente dita que seja necessário? Não há palavras que descrevam o que assisti. O debut do Metal Church é excepcional como um todo do começo ao fim, incluindo o poderoso cover de „Highway Star” onde não há teclados e sim somente guitarras, e que foi disponibilizada em algumas versões deste álbum no mundo todo.

Mais uma vez, Jay Reynolds, Steve Unger, Ronny Munro e Jeff Plate honraram o legado da banda e esta obra prima que foi criada pela formação original e nos propiciou uma experiência prazerosa e inesquecível.

Por obséquio, faça um favor a você mesmo e não perca este show pela primeira vez no Brasil no festival Live and Loud por nada, você não ira se arrepender! Fora isso, agora fica obvio que estes shows não foram para uma ocasião especial, só para uma vez e nota-se que a banda esta a fim de excursionar regularmente. Ainda bem que tenho a sorte de conferi-los mais uma vez no festival Headbangers Open Air Festival, recém confirmado e próximo de onde resido.

Voltando ao show, havia tempo sobrando após a execução do álbum clássico, por isso eles tocaram um bônus para o publico, a faixa titulo do álbum Human Factor. Que esta reunião possa durar muito, muito tempo!

DORO (20:30 – 21:30 PM) – POOL DECK

Nunca fui a algum show da Doro ate agora que não tivesse sido pelo menos excelente. Ela nunca te decepciona e acredite em mim, ela se doa 110% para agradar o publico. Não importa que tenha havido grandes mudanças de formação, ela sabe exatamente quem colocar na banda para ocupar os postos vagos. Isto é o segredo de sua regularidade!

Apesar de preferir Warlock a carreira solo da Rainha do Metal, o já mencionado equilíbrio de canções das 2 bandas em seu setlist me deixa bem contente. Ela nunca nega seu passado e, sobretudo, olha para seu presente e futuro de maneira bem clara e sabe exatamente o que esta fazendo. Ela pega as melhores faixas de sua carreira solo que são essenciais em seu set, misturadas com as do Warlock. Simplesmente perfeito!

Falando em Warlock, adoro ouvir músicas como „Hellbound“; „Fight for the Rock“ e principalmente „East meets West“ e também a faixa de abertura „I rule the Ruins“, que fizeram parte do set e foram os destaques.

Referente à banda Doro, os pontos altos foram mais uma vez o novo ja hit „Raise your Fist in the Air“ e um dos hinos do WOA „We are the Metal Heads“. De fato, performance de alto nível de toda a banda como sempre!

ONSLAUGHT (21:30 – 22:15 PM) – SPECTRUM LOUNGE

Sempre estive na correria durante esta cobertura e 5 minutos antes do fim do show da Doro, parti do palco na piscina e desci para o Spectrum Lounge.

Apesar de já ter viajado ano passado para Braunschweig na Alémanha para ver a performance do álbum The Force na integra, estava ansioso para conferi-los novamente e não me arrependi. Com certeza, não!

Sendo um dos meus álbuns de Thrash Metal favoritos e a oportunidade de ver novamente caindo do céu, não iria perdê-lo facilmente. Este disco de sete músicas foi responsável por incrementar a base de fãs dos ingleses, principalmente em países como Holanda e Bélgica. De acordo com os próprios membros da banda, um dos pontos altos da carreira deles foi a aparição no festival Dynamo Open Air, Holanda, onde havia um mar de gente ávido pelo som deles e isso foi, obviamente, durante a tour do The Force. Da primeira música „Let there be Death“ com sua longa intro de riffs maravilhosas e que fazem as pessoas baterem as cabeças a última „Thrash till the Death“, havia algo melhor deixado para o fim que poderíamos esperar desta instituição britânica?

A resposta é: SIM!!! Assim como o Metal Church, havia um tempo sobrando para algumas músicas adicionais e eles tocaram „Power from Hell“. A apresentação foi solida e coesa e notei uma grande roda de mosh e circlepit no meio da pista. Puro caos e muito divertida! Como mencionei anteriormente, somente o Kreator poderia superar isso! Vamos ver se os alemães mandaram bem nesta questão mais tarde!

HELLOWEEN (22:30 – 23:45) – POOL DECK

Finalmente consegui ter o tempo apropriado para não deixar os momentos finais de algum show favorito a fim de ir para o próximo na base da correria. 15 minutos de sobra entre o Onslaught e o show seguinte.

O Helloween tocou um set similar ao primeiro show. Pelo que pude observar, eles talvez não tocaram somente a nova faixa „Burning Sun“, o resto aparentemente idêntico. Andi Deris inclusive mencionou que estava se divertindo pra caramba durante o cruzeiro e falou em ressaca. Verdadeiro Alemão!

Em linhas gerais, a qualidade desta apresentação não se difere muito da anterior. Foi OK, todavia, para ser sincero, esperava mais. De qualquer forma, dou crédito suficiente a eles, pois isso era apenas um show isolado como espécie de aquecimento ou ainda férias. Estou certo que estarão melhores e mais coesas no decorrer da Hellish Tour, que está por vir.

Os destaques do set foram „Eagle Fly Free“, „Power“ e os clássicos da era Keepers of the Seven Keys („Future World“, „I Want Out“ e „Dr Stein“).

LACUNA COIL (23:45 – 0:45) – CHORUS LINE THEATER

Como a banda italina me surpreendeu em seu primeiro show, decidi dar uma nova chance e conferir o próximo, apesar de estar morrendo de fome e precisando comer urgentemente!

Para minha surpresa, não foi como a primeira apresentação. Imaginava que se eles detonaram num show ao ar livre, eles colocariam o teatro abaixo, por ser um local fechado. E não foi tão intenso e quente, preciso como o show que presenciei na piscina. Estranho! Um erro!

De todo jeito, acompanhei o set completo até o fim esperando que melhorasse cada vez mais, o que não ocorreu. Uma pena! A primeira impressão tinha sido a melhor possível. A partir de agora, pensarei 2 vezes antes , quando for ver um show do Lacuna Coil.

HELSTAR (2:30 – 3:15) – POOL DECK

Sendo um grande fã do Helstar de longa data que seguiu a banda varias vezes tanto na Alemanha quanto a Holanda, não perderia nenhum de seus shows por nada, porém, precisava comer, beber, tomar um banho e descansar um pouco naquele ponto. Não há tempo ruim para mim, quando se trata do Helstar. Com certeza, não. Sem discussão!

De qualquer forma, enquanto estava na minha cabine, pintou aquela preguiça contagiante que me fazia considerar em desencanar deste show! Felizmente, mudei de ideia, ignorei o esgotamento e subi para a piscina.

O set foi um pouco diferente como James Rivera havia anunciado no show anterior. De cara, a primeira canção foi a detonante „Angels Fall to Heaven“ do álbum „Glory of Chaos“ e do nada me dei conta o quanto sou sortudo de ter a chance de ver um espetáculo desta magnitude, não importa que pela 6a vez, pois nunca fica maçante e chato. Ao contrário, é sempre um enorme prazer e satisfação ver show deles.

Para ser sincero, toda vez que vejo eles tocando músicas como „Baptized in Blood“ e „To sleep per chance to Scream“ tocadas neste show, fico doido, me arrepio e perco a razão! Nunca soa datado e fica difícil descrever este sentimento nestas horas. Há só um par de bandas que ainda me faz sentir esta energia e emoção, o Helstar é uma delas. Por último, este show foi ainda bem melhor que o outro, superando toda a minha expectativa e a qualidade de som estava um absurdo de tão primorosa! ! Dito isso, jamais esquecerei deste show,. Obrigado pessoal por nos proporcionar um set tão coeso e com todo este esplendor e não terem desistido apesar do fraco reconhecimento. Mal posso esperar para ouvir o novo álbum e contem comigo em seus shows, não importa onde sejam agendados, sempre darei um jeito em vê-los por vocês.

KARAOKE (0:00 – Fim) – BOLEROS

Por último, não comentei nada sobre o Karaoke até agora! Bem, foi realizado no Bar Boleros desde a meia noite diariamente até que se encerrasse por conta própria. Não tenho maiores detalhes que membros de banda apareceram e participaram e também a respeito da performance de passageiros comuns. Não ouvi nada a respeito de músicas estranhas e nada convencionais escolhidas pelos artistas que se apresentaram, nem as escolhidas pelos demais. De qualquer forma, deve ter sido engraçada com toda a certeza. Espere por canções que jamais iria esperar que teus artistas favoritos fossem escolher em suas turnês regulares. Você nunca sabe como essa brincadeira irá terminar!

Boa Noite!

Clique aqui para ler o Capítulo 4.

A SEGUIR: CAPÍTULO 4 –Ah, NÃO! ESTA ACABANDO, PO! – DIA 4 & Pós Evento

AGRADECIMENTOS ESPECIAIS: Allison Painchaud (The Ultimate Metal Cruises)
Jan Rosenberg & Björn von Oettingen (CMM Marketing)

*Este texto foi elaborado por um Wikimate e não necessariamente representa as opiniões dos autores do site.

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