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Capítulo 1: Navegando os Mares do Metal – Pré Embarque e o 1o dia
Por Gilberto Morais
Bem-vindos! Todos a bordo!
Não, na verdade, ainda não! Deixe-me explicar como isso funciona antes do embarque.
Para começar, estou certo que o marco inicial desta jornada para muitos dos viajantes começou, sobretudo, enquanto estavam em trânsito a partir de algum aeroporto, em algum lugar do mundo, rumo aos aeroportos de Miami, Fort Lauderdale ou ainda o mais longe West Palm Beach, dependendo do horário. Estes são os aeroportos disponíveis mais próximos ao Porto de Miami, onde nossa jornada se iniciou.
Primeiramente, nós, os passageiros, recebemos o convite de navegação (Sailing Invitation) cerca de três semanas antes da data de partida, para que pudéssemos realizar o check-in online, o que pessoalmente recomendo que também façam. Este procedimento permite não só que você economize um tempo precioso, como também evite filas no dia da jornada sem a menor necessidade. Além disso, isso o deixara conhecer um pouco mais a respeito do mundo dos cruzeiros, explorando o deslumbrante navio “Majesty of the Seas“ e seus 14 Decks, familiarizando mais facilmente com o mesmo. Acreditem! Fora os shows, ainda há muito o que fazer por lá.
Logo após entrar no terminal de embarque a caminho do navio, onde se encontra ancorado, tenha em mente que você estará sujeito a ser submetido à mesma experiência, como estivesse viajando de avião, referentes as questões legais. Primeiro, você, estrangeiro, deverá apresentar teu passaporte (munido de visto ou da ESTA, dependendo de tua nacionalidade) ou documento legal e reconhecido com foto, no caso de cidadãos residentes nos EUA. O passe de navegação (espécie de Boarding Pass aplicável aos cruzeiros marítimos, gerado através do preenchimento do formulário do Convite de Navegação) e o cartão de credito que você forneceu no teu passe de navegação que servira para cobrir todas tuas despesas durante a permanência. A seguir, você preencherá outro formulário atestando gozar de boas condições de saúde, o assinara e se assim desejar, despachar tua bagagem. Tendo isso efetuado, prossiga direto ao controle da segurança (detectores), deixando teus objetos na esteira a fim de serem escaneados, como se estivesse no aeroporto. E por último, a tarefa final é a foto oficial de boas vindas, devidamente tirado com um painel de fundo onde se encontra o logotipo do festival e que estará disponível para compra a bordo.
Ei, marinheiros, a partir de agora, vocês estarão prontos para curtir a viagem!
Que eu saiba os primeiros Headbangers a serem admitidos a bordo entraram às 11h30 da manhã, cerca de quatro horas antes do horário limite permitido a todos passageiros. Enquanto isso, as cabines estavam sendo limpas e preparadas pela tripulação e portanto ainda não estavam prontas. Nos foi sugerido visitar um dos restaurantes, o Windjammer, localizado no Deck 11 para que desfrutemos nossa primeira refeição. Notei que muita gente estava por lá. Podemos considerar isso como o começo da viagem para muitos de nós.
Às 16 horas foi solicitado a todos que deixassem as cabines e nos apresentássemos ao tripulante responsável pela área de nossas cabines, que nos iria conduzir ao deck respectivo para demonstrações de segurança obrigatória, conforme leis locais, independente de já ter previa experiência no assunto.
A hora de partida foi pontualmente às 17 horas, conforme planejado. Apesar desta longa introdução que se faz necessária, já esta na hora de descrever o festival propriamente dito.
Sendo o pioneiro dos cruzeiros marítimos temáticos de Metal nos EUA, 70.000 Tons of Metal não decepciona. A diversão é com certeza garantida! Não importa o que esteja fazendo, até mesmo durante necessidades básicas como comer e beber, e também jogando no cassino ou apenas relaxando na piscina, você respira Metal o tempo todo, se estiver a fim! De qualquer forma, se estiver acompanhado de esposas, noivas, namoradas ou crianças, fique frio! Elas não se interessam mesmo por Metal? Sem problemas! O barco oferece um monte de atividades que as manterão ocupadas com algo a ver com seus gostos e interesses e não ficarão aborrecidas. Inclusive, há diversões concebidas para crianças. Imagine, você encontrara praticamente de tudo no navio!
Agora é a hora de apresentá-lo aos três palcos deste cruzeiro marítimo, cujo arranjo é absolutamente perfeito e atendeu as minhas expectativas e você os entenderá abaixo:
SPECTRUM LOUNGE: Este é o menor de todos, cuja capacidade deve ser de 500 pessoas aproximadamente, acredito. O Spectrum Lounge simula como é um típico show em um clube. Apesar de haver assentos nesta área, principalmente localizados nas fileiras de trás, a experiência e o sentimento é como se estivesse assistindo um show num clube comum e cheio de suor em algum lugar, não dentro de um navio. Apesar do movimento do navio, você se desliga deste fato, da mesma forma no Teatro Chorus Line, o outro palco a seguir. Em linhas gerais, a qualidade de som nesta sala foi suficientemente boa, dependendo da banda que havia se apresentado, um pouco irregular, todavia; variando de bom para quase excelente. Minha única reclamação sobre esta sala é o fato que o palco é um pouco baixo em relação ao alcance de visão dos espectadores, os quais não estavam dispostos em pé nas primeiras filas. Modificando isso para a próxima edição, o que pessoalmente não creio que seja efetuado, será um incremento fantástico.
CHORUS LINE THEATER: Está localizada entre os Decks 5-7. Não é preciso reiterar que se trata de um teatro que possui um balcão (platéia superior) no 6o Deck e foi bem pelo preparado pelos organizadores do evento, retirando as primeiras fileiras de assentos, as quais provavelmente se encontram disponíveis para os demais eventos comuns, não shows de Metal. Na minha humilde opinião, esta sala realmente detonou! Gostei pra caramba de ter visto a maioria dos shows lá! A qualidade de som em geral foi melhor que no Spectrum Lounge para a minha supresa. Queira ficar em pé ou se sentar, a visão é realmente boa. A capacidade deve ser em torno de 1300 pessoas no total, não estou certo.
POOL DECK: Fora os dois primeiros palcos mencionados, este é o único palco ao ar livre, localizado no 11o Deck, o qual simula um típico festival “Open Air“. Fiquei realmente espantado o quanto era bom ver shows lá em cima. Pra começar, a qualidade de som foi regular do começo ao fim, não variando muito, com regularidade e precisa. Referente a este tópico, diria: Qualidade de som EXCELENTE comparado aos festivais europeus que estou acostumado a acompanhá-los regularmente, não me decepcionou de forma alguma! Aplausos de pé aos promotores que providenciaram o equipamento adequado e condições aos músicos e o público. Acima de tudo, consegui assistir todos os shows que queria lá, sem o menor problema. Não importa onde me encontrava.
Todas as bandas das 41 do festival tocaram dois sets sendo um show fechado (Spectrum Lounge ou Chorus Line) e outro ao ar livre (Pool Deck), com uma ou outra exceção.
Mas, vamos direto aos shows que conferi. Afinal, é isso que você quer, não?
HELSTAR (17h30 – 18h15) – SPECTRUM LOUNGE
Helstar, instituição do Heavy/Power Metal oitentista de Houston, Texas teve a honra de ser a primeira banda a se apresentar ao vivo no 70.000 Tons deste ano e merecem isso, bem como maior reconhecimento por parte dos Headbangers. Não tenho a menor ideia porque são tão subestimados, pois nos oferecem o que há de melhor, quanto ao bom e velho Power/Heavy metal oitentista americano o qual está inserida nesta cena bandas como Liege Lord, Savage Grace e principalmente Metal Church, a única a atingir maior sucesso comercial, graças a seus dois primeiros discos.
A questão é que o Helstar subiu ao palco pontualmente às 17h30 e nos brindou com um desempenho coeso como sempre! Que maravilha de show para começar! Não estou totalmente certo, mas acho que este foi um dos primeiros shows deles em quatro meses. Após a última apresentação da turnê “30 Years of Hell“ na Europa a qual foi realizada em Berlin que por coincidência, eu fui.
“Pandemonium“ foi a abertura deste curto show incluindo também hinos como “Evil Reign“ e um novo clássico “King of Hell“. Mais uma vez tocaram “Good Day to Die“ o que não pude entender o porquê levou tanto tempo para toca-la ao vivo e que de maneira instantânea se tornou um clássico, apesar de fazer parte do controverso álbum “Multiples of Black”. Se você curte um metal cortante, faca um favor e confira os álbuns deles, principalmente “Remnants of War“, “Distant thunder“, “Nosferatu“ e ainda os últimos dois álbuns após a volta “King of Hell“ e “Glory of Chaos“. Por favor tome nota que não vou fornecer os setlists completos de nenhuma banda. Tendo assistido ou não, não é possível me lembrar de tudo e, sobretudo, eu me mantive ocupado nos compromissos referentes a esta cobertura geral, seja tirando fotos, filmando as apresentações, etc. Sugiro que procurem e dêem uma olhada em sites como o metalsetlists.com ou o setlist.fm, onde poderão se encontrar disponíveis brevemente.
Uma coisa que preciso dizer é que Mike Lepond do Symphony X tocou no lugar de Jerry Abarca, baixista do Helstar, que tirou um tempo para cuidar de seus problemas de saúde recentes e fez um excelente trabalho nas quatro cordas. Apesar de sentir a falta de Jerry devido a sua habilidade e identidade no Helstar, não posso reclamar do desempenho de Mike Lepond. Não parecia que estava substituindo um membro vital da banda, e sim que ele estava tocando com os caras há muito tempo.
Para concluir, os demais membros da banda detonaram! James Rivera é um dos vocalistas mais talentosos desta safra americana de todos os tempos. Não me espanta quando um vocalista de qualquer banda americana deixa a correspondente, que ele receba ligações para dar uma força como, por exemplo, no “Seven Witches“, “Flotsam and Jetsam“, “Malice“, “Vicious Rumors“, etc. Larry Barragan e Rob Trevino, os dois guitarristas destruíram! Que maneira de começar uma experiência inesquecível como essa!
SABATON (18h00 – 19h00) – CHORUS LINE THEATER
Por ter visto todo o show do Helstar, perdi o começo deste show. Apesar de já ter visto diversos shows do Sabaton antes deste, não estava seguro o que esperar desta vez. Explico o que quero dizer: logo após o lançamento do álbum Carolus Rex, subitamente quatro dos seis membros saem da banda. Apesar das resenhas positivas que li a respeito dos shows atuais, estava cético se esta mudança de formação significativa não poderia afetar os shows deles. Felizmente não, Joakin Broden e Pär Sundström trouxeram os caras certos para colocar a banda de volta aos trilhos.
Provando-me que isso não afetou em nada sua popularidade, o Sabaton foi disparado o show com o maior público de todo o festival que pude notar. Não havia espaço tanto na pista quanto no mezanino acima, onde permaneci.
De qualquer forma, não estava de todo claro para mim, se o Sabaton também conquistou a América ou devido a sua base de fãs do Norte Europeu, composta principalmente por suecos e alemães que estavam presentes, onde eles são grandes demais e mais tarde percebi suas presenças devido a escutar ambos os idiomas pelo navio durante os quatro dias direto, todavia, pelo que pude entender, eles também estão ficando cada vez maiores em solo Norte Americano também).
Em minha opinião, Sabaton toca melhor em shows fechados que ao ar livre. Desta vez, esta apresentação não foi tão fidedigna quanto aquelas que presenciei anteriormente tanto em clubes quanto arenas em Berlim ou Hamburgo, porém, a performance deles foi boa o suficiente.
É incrível, não importa onde estejam tocando, a reação da platéia em musicas como “Cliffs of Gallipoli“, “Attero Dominatus“ e “Primo Victoria“ onde Joakin regularmente solicita ao publico para cantar junto e pular e o mesmo responde positivamente ao seu pedido.
Para concluir, vale a pena mencionar que o então sexteto possui agora cinco membros e as faixas de teclado foram gravadas pelo tecladista original que foi um dois quatro que deixaram a banda recentemente, após o lançamento do último álbum como fora mencionado.
NILE (19h45 – 20h45 PM) – CHORUS LINE THEATER
Uma vez mais estou de volta ao Chorus Line para conferir o Nile pela primeira vez. Na verdade, a minha estreia em shows deles deveria ter ocorrido em Dezembro passado durante a turnê co-headlining de Kreator e Morbid Angel incluindo os americanos no cast, mas, devido a problemas pessoais, não consegui chegar a tempo no clube a fim de vê-los.
Para dizer a verdade, não estou muito por dentro do som deles. Sabia que eram uma banda de Death Metal bem sólida e coesa, por isso estava esperando algo tão bom quanto o “Death“, “Morbid Angel“, “Possessed“, “Obituary“ e o “Cannibal Corpse“ que são as minhas bandas favoritas deste gênero.
A questão é que a apresentação deles estava OK, principalmente devido a grande habilidade deles como músicos em seus instrumentos. Falando a real, adoro ser surpreendido por bandas ou que jamais ouvi falar ou aquelas que estou assistindo algum show pela primeira vez e possa me tornar um novo fã e não foi o que ocorreu neste caso.
Dito isso, não estou comentando que foram mal. De jeito nenhum! Pelo contrario, foi OK, mas não boa o suficiente para eu pirar e sair comprando seu material imediatamente. De qualquer forma, eu daria a eles uma nova chance para que me convençam a acompanha-los. Peço desculpas por não ter escrito nenhum destaque a respeito do setlist, mas não consigo me lembrar do titulo de nenhuma das faixas. 10 minutos antes do fim da programação, eu deixei o teatro para acompanhar o próximo show.
FLOTSAM AND JETSAM (20h45 – 21h30) – SPECTRUM LOUNGE
De volta ao Spectrum Longe, era hora de ver o show de uma das minhas bandas favoritas de Thrash Metal de todos os tempos, o Flotsam and Jetsam, o qual tive ate hoje somente uma única chance de vê-los ao vivo ate então.
Havia também mais uma razão para comemorar este momento único: a banda havia acabado o novo álbum “Ugly Noise“, cujo sucesso da campanha de arrecadação junto aos fãs (crowdfunding) permitiu aos fãs pegá-lo o qual finalmente pode ser disponibilizado pela banda. Isso não é tudo: contando com a formação dos álbuns “Cuatro-Drift-High“ reunida após 17 anos, isso representava uma das primeiras apresentações pós a volta do guitarrista Michael Gilbert e o baterista Kelly David Smith. Por outro lado, o baixista Jason Ward saiu fora destes shows devido a questões pessoais. De qualquer forma, Jeff Barbaree, seu substituto, tocou muito bem.
Não é preciso dizer o quanto esta performance foi brilhante. “Hammerhead“, um dos pontos altos de sua carreira foi o começo do show, seguidas por “Iron Tears”, ambas do álbum de estreia “Doomsday for the Deceiver“. Fiquei espantado com a quantidade de faixas dos seis primeiros álbuns que foram escolhidas além de duas novas do “Ugly Noise“, tanto a faixa título quanto “Motherfuckery“ e sua intro meio Techno eletrônica, que depois volta devidamente aos eixos.
Eric AK, também conhecido como Knutson continua sendo um vocalista excepcional e atinge as notas mais altas como se fosse mais jovem. Tendo assistido pelo Youtube um ensaio algum tempo atrás, não estava convencido o suficiente que eles poderiam nos brindar com uma performance tão coesa e solida e estou contente que estava errado. “Hammerhead“ soava como nos velhos. Que show animal! É difícil apontar um destaque, pois foram muitos. Todos os membros tocaram muito bem. Naquele ponto, era certamente um sério candidato a melhor apresentação de todo o evento.
Concluindo, canções do segundo disco, o também formidável “No Place for Disgrace“ como a faixa titulo e “Escape Within“ fizeram parte do set, bem como uma certa surpresa como principalmente em “Natural Enemy“ do “Cuatro” e “Swatting at Flies“. Mal podia esperar para ver o próximo show deles. Aliás muitas bandas variavam o setlist, o que foi uma decisão sabia, direi a vocês a respeito disso na hora apropriada sobre estas mudanças, sutis ou não.
HELLOWEEN (21h30 – 22h45) – CHORUS LINE THEATER
Tendo visto todo o show do Flotsam and Jetsam, estava consciente que perderia o começo do show do Helloween, todavia, não foi bem assim.
Quando cheguei ao Chorus Line, o show não tinha começado ainda. Na verdade, levou algum tempo ainda para começar a prova de som (Soundcheck). Por causa da demora, que demorou aproximadamente 45 minutos, o público começou a ficar nervoso e impaciente. Eis que subitamente a banda sobe ao palco e começa o show.
No começo da apresentação, a qualidade do som não estava boa, sendo melhorado sensivelmente ao decorrer da mesma.
O Helloween misturou um monte de músicas velhas com as novas de maneira equilibrada representadas tanto pela era do Michael Kiske quanto do Andi Deris. Então, estas são as faixas que me lembro deste set: “I’m Alive”, “Future World“, “I Want Out” (com canto do publico), “Dr Stein“ e respectivamente “Are you Metal“, “Power“,“ If I Could Fly“, “When the Sinners Go“ e a nova “Burning Sun“.
Apesar de haverem concedido um slot de 75 minutos, o maior tempo para as bandas principais, o show durou pouco mais de 60 minutos. Isso se deve provavelmente ao longo atraso que seria a razão principal por terem encurtado o setlist. A performance foi boa, mas já vi o Helloween em dias melhores. O criticado Andi Deris cantou bem, até as faixas do Michael Kiske, considerando o seu alcance.
LIZZY BORDEN (22h45 – 23h30) – SPECTRUM LOUNGE
Em circunstancia da demora durante o show do Helloween, eu perdi a maior parte desta apresentação maravilhosa do Lizzy Borden, o que me arrependo muito.
Tinha visto apenas shows do Lizzy Borden em festivais ao ar livre, fora o show executado no Wet/Headbangers Ballroom que é a tenda do Wacken, a qual poderia ser considerado um show em “local fechado“ e assim estava bastante curioso para conferir como seria esta minha primeira experiência num típico show deles em clube.
Cara, eu vi as três últimas musicas: “Me against the World“; “American Metal“ e “Tomorrow Never Comes“ e não conseguia acreditar o que havia acabado de testemunhar. Foi o suficiente para atestar que havia sido a melhor performance até aquela ocasião, superando o Flotsam and Jetsam que tinha mencionado antes.
Sendo uma típica banda de Hard/Heavy americana oitentista incluindo performances do chamado shockrock conduzidas pelo líder Lizzy Borden, vocalista da banda, este é O SHOW! Não tem erro, assista um deles que você jamais irá se arrepender. Desta vez, uma pequena mudança de formação se fez notar em relação ao show do ano passado que conferi, a banda tocou como um quarteto, com um guitarrista a menos. De qualquer forma, Dario Lorena, o guitarrista que permaneceu, levou muito numa boa, devido ao seu extraordinário talento como músico. Dito isso, não senti falta de uma segunda guitarra.
É uma pena que uma banda fantástica como essa não toque turnês regulares nem na Europa, apenas apresentações em festivais. As pessoas não sabem o que estão perdendo!
METAL CHURCH (00h30 – 01h30) – POOL DECK
A espera finalmente acabou! Levou mais de 27 anos para ver um show do Metal Church pela primeira vez. Não importa que David Wayne morreu e esta não seja a formação dos meus sonhos. Eu consegui!
Esta line-up inclui todos os membros antes da banda acabar em 2009: Steve Unger (baixo), Ronny Munro nos vocais e Jeff Plate (ex-Savatage) na bateria e que fizeram um trabalho excepcional. Se tivesse que selecionar três shows como o ponto alto de todo o evento, o Metal Church seria uma das minhas escolhas. Representado apenas por um membro fundador, o guitarrista Kurdt Vanderhoof, o setlist desta apresentação consistia do chamado “greatest hits“ abrangendo a carreira da banda, eleito pelos fãs que assistiram a apresentação e cujos votos foram concedidos o peso de 10x em relação aos votos abertos ao público em geral que não participaram do evento. Basicamente a maioria das músicas escolhidas eram dos 2 primeiros álbuns, “Metal Church“ e “The Dark“ .
Para ser sincero, estava um pouco receoso a respeito das resenhas que li sobre a performance de Ronny Munro e não concordo com elas, olhando para atrás nestes 2 shows que vi deles, é merecedor de meu aplauso por estar no lugar de David Wayne e principalmente por causa de Mike Howe, que é o meu vocalista favorito do Metal Church em todos os tempos. Ele honrou o legado da banda.
Os outros caras tocaram uma performance coesa e solida e realmente eu tive uma noite magica. Pelo que pude perceber, até as pessoas que não estavam muito familiarizadas com o Metal Church pareciam reagir muito positivamente durante o set deles. Fora isso, este foi o primeiro show no palco do deck da piscina em 2013.
Concluindo, devo ratificar o quanto foi difícil selecionar algumas músicas como destaque do show, mas eu não poderia deixar de mencionar “Watch the Children Pray“, “Badlands“, “Beyond the Black“ e “Gods of Wrath“.
TIAMAT (01h30 – 02h30) – CHORUS LINE THEATER
Apesar de estar muito cansado, eu juntei forças para conferir um pouco o show do Tiamat. Tendo visto um show deles em 2009 o qual, na boa, não curti, cheguei atrasado devido ao programa e a primeira musica que ouvi me fez permanecer lá para ver o resto do show.
A segunda faixa que executaram já era bem diferente da primeira. Por isso, eu decidi sair e partir pro Spectrum Lounge e ver o próximo show. Não é o meu gosto!
IMMOLATION (01h45 – 02h30) – SPECTRUM LOUNGE
Falando a real, não estava interessado em cobrir este show tão tarde. O que posso estar escrevendo abaixo, não significa necessariamente que tenha sido assim. Eu notei que o Immolation tem uma grande musicalidade como muitas bandas de Death Metal, todavia, assim como o Nile, não estava convencido que deveria permanecer lá e ver o resto da apresentação. Por isso, permaneceria naquele momento apenas por um par de bandas que realmente amasse.
A bem da verdade estive viajando direto até aquele ponto e meu corpo implorava imediatamente por um descanso, considerando as diferenças climáticas e de fuso horários. Acreditem, Metalheads também precisam dar uma pausa por um tempo.
Boa noite!
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A SEGUIR: CAPITULO 2 –HEADBANGERS DETONANDO EM AGUAS INTERNACIONAIS – DIA 2
AGRADECIMENTOS ESPECIAIS: Allison Painchaud (The Ultimate Metal Cruises)
Jan Rosenberg & Björn von Oettingen (CMM Marketing)
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