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70.000 Tons of Metal – Parte 2

Confira mais um texto escrito por um de nossos WikiBrothers:

Capítulo 2: Detonando em Águas (WATERS) Internacionais – 2o Dia

Por Gilberto Morais

MEET & GREET (12:15 – 0:15) – MOONLIGHT DINING ROOM

Neste dia se realizou neste restaurante o Meet &Greet, cuja tabela com os horários e artistas foi divulgada juntamente com o Running Order. A cada banda foi disponibilizada pelo menos meia hora de duração para encontro com os fãs.
Isso tudo dito, vamos direto ao que interesse: OS SHOWS DO DIA!

ONSLAUGHT (13:00 –13:45) – POOL DECK

“SPITTING BLOOD IN THE FACE OF GOD!“ . Oh, sim, esta é a abertura e faixa título do álbum “Killing Peace“ . Onslaught é uma banda inglesa de Bristol, cujas raizes estão de alguma forma relacionada a cena de punk/hardcore junto com o Death Metal, ouça o álbum de estreia deles „Power from Hell“ e entenda o que quero dizer. Além disso, Nige Rockett, o líder da banda é fanático por Discharge.

Primeiramente, é um misterio para mim, porque a Inglaterra, o berço do Heavy Metal, não apenas pelas bandas da NWOBHM como também as precursoras como o Sabbath, Motorhead, Priest, revelou até hoje tão poucas bandas relevantes de Thrash Metal, comparada a Alemanha e EUA. Sendo doente por Thrash Metal, eu só consigo me lembrar de 2 delas: Xentrix e Dearly Béeaded, bandas que encerram as atividades já algum tempo.

Ei, meus amigos, se vocês gostam de Thrash direto, sem adições de elementos de groove tipicos da Bay Area, vai fundo. Onslaught tem mais a ver com bandas como o Slayer, Dark Angel ou Thrash germanico, porém, com seu próprio estilo e identidade. Não se parece com as bandas mencionadas, mas sim se encontra mais proxima e relacionada a estas descritas acima.

Um tempo atrás o baterista e membro fundador „Steve Grice“, presente em todo o catálogo do grupo, deixou a banda por razões pessoais e eles trouxeram o ex- Extreme Noise Terror Michael Hourihan para substitui-lo. Composto pelo núcleo formado pelo outro membro fundador, o guitarrista Nige Rockett e o vocalista Sy Keller do álbum clássico The Force e principalmente após o retorno, Onslaught continua tocando de maneira sólida e coesa, ficando cada dia melhor a medida que o tempo passa, desde que o álbum Killing Peace foi lançado, um dos meus favoritos.

Por razões desconhecidas, o guitarrista solo Andy Ross Davies esteve ausente mais uma vez e foi substituido pelo cara que preencheu a vaga durante a última tour europeia, onde celebraram o aniversário do álbum The Force. O setlist foi basicamente balanceado: um apanhado geral dos hits junto com músicas do último álbum „Sounds of Violence“. Os pontos altos são: Killing Peace, Born for War, Let there be Death e Power from Hell, com certeza! Pela primeira vez uma grande roda de mosh e circle pit se fez notar. Não é preciso dizer que se o Onslaught não fosse capaz de botar os bangers loucos, quem poderia? Apenas o Kreator, suponho. E o sol brilhava forte!

FATAL SMILE (13:45 – 14:30) – SPECTRUM LOUNGE

Ainda não muito conhecidos fora do Norte da Europa, Fatal Smile é uma das bandas suecas de Hard Rock emergentes da cena local da decada passada, tendo aqueles elementos tipicos do sleazy em suas canções. Tendo residência na Alemanha, onde eles se apresentaram regularmente várias vezes, sabia quem eram. Aliás, eu os conheci por acaso. De volta a 2008, vi a banda pela primeira vez abrindo para o Dio na Escandinavia , eu conferi o show e elesdetonaram! Naquele tempo, haviam acabado de lançar o otimo álbum „World of Domination“ , uma surpresa excepcional. Na real, fiquei mais interessado neles que a maioria das bandas daquele pais como o Crashdiet, Hardcore Superstars e o H.E.A.T., apenas para citar algumas delas.

Blade, o vocalista e baita frontman deste quarteto de Estocolmo fala inglês de extrema qualidade e parecia que a banda seria fadada ao sucesso . E tem mais, algumas músicas deste álbum eram para se tornar hits. Dada esta introdução, permita me explicar o que veio a seguir. Obaterista deixou a banda e eles ficaram um bom tempo fora dos holofotes e voltaram com um novo disco: 21st Century Freaks.

Exclua o novo visual com makeup, o que não importa, o que aconteceu com eles? Aonde foi parar aquela performance absurda de outrora (2008 e 2009)? Não, o show não foi ruim, porém, eles já foram muito melhor que as duas performances vistas recentemente. Apesar de ter perdido o começo da apresentação, devido ao conflito com o show do Onslaught, batendo o final, estava bem a fim de conferir o show deles após 3 anos sem vê-los..

É complicado selecionar um ponto alto. As novas músicas não eram tao boas, comparada a era do World Domination. No set havia uma balada dedicada a memoria do grande Ronnie James Dio e felizmente, duas das minhas músicas favoritas do „World Domination“ foram tocadas: „Run for your Life“ e fechando, atendendo a pedidos do pequeno publico: „ SOB“. É isso! Não foi ruim! Mas os caras podem se apresentar melhor que eu sei.

JAM COM JEFF WATERS (16:00 – 18:00) – BOLEROS

Apresentado por ninguém menos que o mestre dos Riffs Jeff Waters (Annihilator), foi divertido pra caramba, não só para o publico, mas também para os próprios músicos que participaram desta All Star Jam. Apesar de não ter sido necessário, se você encontrar os teus ídolos, este era O LUGAR! Diversos caras apareceram para dar uma olhada na jam.

De qualquer forma, deixe me relatar a experiência que tive na noite passada, quando me dirigia para o jantar. Era para tomar o elevador e alguns segundos antes, dei de cara com o Jeff Waters. Tendo trocado um par de emails com ele um bom tempo atras, estava 100% certo, além das entrevistas, que o cara era super gente fina, bem na boa e seria amigável na abordagem por foto ou autógrafo, todavia, devo atestar o quanto ele estava feliz quando lhe disse que nos eramos do Brasil.A reação em seus olhos e rosto certificam o quanto ele curtiu tocar aqui pela primeira vez. Isso dito, percebe se que ele não tinha sido diplomático e nos enrolado, quando esteve por aqui e nos confirmou que o Annihilator estará de volta muito em breve e mal pode esperar para ir aqui e encontrar seus fãs locais. Isso demonstra porque ele detona e não só com sua habilidade nas 6 cordas.

Voltando a jam propriamente dita, notei um monte de músicos que estavam chegando ao local. Antes da hora do show, estavam ou pedindo bebidas no bar ou aquecendo os para a jam.O clima era fantástico: de pura festa, diversão e confraternização, com força total.

Entre eles, vale a pena mencionar a participação de Doro, Nick Douglas (Doro), Edward Carlson & Michael Gilbert (Flotsam and Jetsam), James Rivera (Helstar), Ronny Munro (Metal Church), Victor Smolski (Rage), Jeff Williams (Onslaught), George Kollias (Nile), Mille Petrozza (Kreator, etc e Jeff Waters certamente.

Aliás, Jeff apresentou todos os convidados antes de cada música. O set foi constituído de clássicos do Rock and Roll e Heavy Metal (Judas Priest, Iron Maiden, AC/DC, Metallica, etc). Infelizmente, só pude permanecer durante os 45 minutos iniciais, devido ao show a seguir. É isso, pessoal!

ANGRA (17:00 – 18:00) – CHORUS LINE THEATER

Estou certo o quanto vocês, seguidores brasileiros, estão ansiosos no aguardo de noticias referentes a este show e não vou desapontá-los. A espera acabou!

O Angra tocou ao vivo pela primeira vez após um hiato de quase um ano e meio fora do palco. Enquanto isso, o novo vocalista não foi ainda confirmado. Por esta razão, ninguem menos que Fabio Lione (Rhapsody, Vision Divine) dividiu o palco com os caras, como convidado especial para estas apresentações. Ciente do seu talento, só poderia esperar algo próximo a perfeição e ele não me desapontou e mandou muito bem. Não importa se você gosta ou não das banda italianas mencionadas, mas você precisa reconhecer suas qualidades como um vocalista top. Não é de estranhar que o Kamelot teve que recrutá-lo para substituir o Roy Khan, quando o Norueguês deixou a banda americana.

Levando o hiato em consideração, o Angra fez uma boa apresentação e estou certo que podem ainda melhorar, de qualquer forma, isso leva tempo, mesmo com a capacidade deles como músicos. Apesar de tanto o Rafael Bittencourt quanto o Kiko Loureiro se manterem ocupados e ativos, tocando alguns shows recentes para promover seu projeto paralelo e álbum solo, respectivamente, tive a sensação que a banda toda como uma unidade, estava um pouco enferrujada, o que é absolutamente normal. De qualquer forma, o show foi o marco de um novo renascimento para a banda e o futuro parece ainda promissor, afinal, eles podem ainda rever e entender o que não deu certo e botar a banda de volta nos eixos.

Fora a performance do Fabio, algo chamou a minha atenção e deixe me fazer uma comparação relacionada ao Jeff Waters:
Apesar de serem detentores de estilos bem distintos, isso é claro, Rafael Bittencourt, O Maestro, tem uma coisa muito a ver com o Jeff Waters. Além da músicalidade, ambos são guitarristas que aprenderam a ser vocalistas de verdade e não meramente guitarristas que cantam, e sim vocalistas de qualidade, altamente desenvolvididos nesta tarefa e que se aperfeiçoaram com o passar dos tempos.

Estou falando disso neste tópico, pois Jeff Water cantou Seek and Destroy (Metallica) antes deste show e acredite em mim, estava apenas cantando a música, nada de tocar guitarra, como estamos acostumados e esperávamos. Mais tarde, Rafael foi apresentado por Lione e tomou conta do microfone, cantando „Rage of Waters“. Apesar de não gostar desta música, foi espetacular sua performance vocal. Em nenhum momento senti falta de Edu Falaschi nesta faixa. Vocais sólidos na mesma. Meus parabéns!

Vim a tomar conhecimento o quanto a banda é obscura fora do Japão, América Latina e Europa Latina, mercados favoraveis ao estilo da banda. A platéia era basicamente composta por sua base de fãs brasileiros e latinos americanos. Não notei a presença de Norte-americanos, nem Europeus. Por último, aponto os seguintes destaques: Fabio Lione, „Nothing to Say“, „Waiting Silence“ „Millenium Sun“, „Nova Era“ e o final do set com „Gentle Change“.

EVERGREY (18:00 – 19:00) – POOL DECK

Existe uma coisa que não me agrada a respeito do programa do festival. Como os palcos são dispostos em decks diferentes, você é submetido a ir e voltar para acompanhar os shows. Salientado isso, espero que os organizadores modifiquem estes horarios complicados. Permitindo pelo menos uma pausa de 10 minutos entre o fim de um set e comeco do show seguinte. Daí, a plateia e os membros de imprensa não perderao muitos shows interessantes por nada.

Para começar, preciso admitir de cara que não conheco muito a respeito dos suecos e esta é a razao pela qual não irei apontar os destaques do show, em relação as músicas que foram executadas. Peço desculpas por isso, mas quero passar a vocês a minha impressão e tentar descrever o clima e algum fato relevante que precisa ser dito. Não seria nada honesto com vocês, seguidores, colar o setlist e ludibriá-los com algo que não tenha condição de comentar em detalhes.

O Evergrey é basicamente representado pela figura carismática de seu frontamn, guitarrista e vocalista, Tom Englund. O som deles soa como um tipico Prog Power Metal europeu e é perceptivel a execução sem erros em seus instrumentos.
Apesar da perda de alguns minutos entre a transição de palcos, o Evergrey fez uma excelente apresentação. Senti que o público reagiu muito posivitamente e estavam curtindo o show. Na real, foi muito melhor que a vez que assiti a banda ao vivo a 2 anos atrás. É uma pena que tive que cair fora antes do final para o próximo compromisso.

DORO (19:00 – 20:00) – POOL DECK

Senhoras e Senhores, por favor saúdem, a única, A Rainha do Metal: DORO PESCH!
Ei, pessoal! Há alguma coisa que ainda não foi dita sobre a DORO?
Doro é uma personalidade que não requer apresentação! Esta senhora de Düsseldorf,Alemanha residente nos EUA há um bom tempo celebra o 30º Aniversario de sua gloriosa carreira.

Acompanhada por uma banda sólida e coesa composta por membros de longa data Nick Douglas (baixo) e Johnny Dee (bateria), além dos excelentes guitarristas Luca Princiotta e Bas Maas, Doro representa tudo aquilo que significa Heavy Metal.

O que mais gosto nela é que Doro é real, autêntica e não um personagem ou falsa. Há um monte de pessoas que fingem serem gente boas no palco e quando vocês as encontra pessoalmente, são um nojo. Graças a Deus, Doro é um bom exemplo e influência para o mundo e dos negócios juntos! A maneira como você a vê no palco é exatamente como é na real. Muito humana, amiga, legal, etc. Eu te adoro, Doro! Seja deste jeito eternamente. Acredito que esta é a razao porque ela é mundialmente admirada e respeitada; não apenas devido ao seu talento, mas também seu comportamento e sobretudo o carinho e tratamento aos seus fãs como seres humanos.

Antes de encerrar, deixe me contar uma coisa engraçada a respeito dela. Não, não estou tirando sarro da cara dela, jamais faria isso. Mas é interessante. Já assisti uma par de shows dela, incluindo o 25o Aniversario em Düsseldorf e notei isso. No começo, quando não sabia falar alemão, às vezes não entendia o que a Doro queria dizer durante alguns de seus discursos no palco. Finalmente, entendi o que estava acontecendo. A Doro, às vezes, mistura inglês com alemão, quando tocava na Alemanha. Sendo este meu primeiro show dela, após muito tempo fora de território alemão, estava curioso para saber se aconteceria o mesmo e ela falaria alemão em águas internacionais também. Bingo! Não a culpo por isso, as vezes é dificil imaginar onde estamos situados.

O setlist dela foi bem balanceado composto por uma mistura de sua carreira solo e faixas do Warlock. Complicado selecionar o filet mignon, mas não posso deixar de citar „ Earthshake Rock“, „We Are the Metalheads“ (hino escrito para promover o Wacken Open Air); „All we Are“, „Für Immer“ e a nova música „Raise your First in the Air“ concebida para fazer parte de seu setlist de agora em diante.

LACUNA COIL (20:00 – 21:00) – POOL DECK

Outra estreia a seguir. Tomando a minha experiência com o Evergrey como exemplo,percebra que não sou familiarizado com o Lacuna Coil tambem. E mais, devido os já conhecidos motivos (troca de palcos), perderia o começo do set como planejado.

Dito isso, Lacuna Coil estava em chamas. Eu me espantei o quanto eles detonaram com uma performance bem energética e vibrante. Seria o sangue latino deles? Não sendo do meu agrado, não estava de forma alguma esperando a maneira espetacular que este show resultaria.

A perfeita combinação e contraste entre os vocais de Cristina Scabbia e Andrea Ferro deixou a platéia insana. Até este ponto, sem exagerar, este tinha sido um dos melhores shows deste dia e quem esta afirmando isso é alguém que não liga a mínima para a carreira deles. O que significa, que seus fãs devem ter provavelmente assistido o show de suas vidas.
Os pontos altos desta apresentação foram pelo que me lembro: Senzafine (cantada em italiano) e Fragile.

RAGE & LINGUA MORTIS ORCHESTRA (21:00 – 22:15) – CHORUS LINE THEATER

Hmm, se alguém me comentasse que o Rage iria tocar nos EUA, não iria acreditar. Já seria o suficiente para não lhe confiar. Se esta história absurda fosse muito além, reportando que não so o Rage, mas acompanhado da Lingua Mortis tocaria um show la nos EUA, imediatamente iria questionar: „Desculpa, mas que drogas você anda tomando ultimamente?“
Não é o suficiente? Ainda não convencido? Que tal um show do Rage com Lingua Mortis dentro de um cruzeiro temático de Metal ainda por cima? Impossível? Não, na verdade, não! Isso realmente aconteceu nas condições descritas acima na manchete.

Aliás, este foi um dos shows que mais queria ter visto. Acredite em mim, apesar de 4 anos e meio residente na Alemanha, nunca tinha visto isso lá até o presente momento. Claro que estou falando do Rage com a Lingua Mortis e não shows normais, que são bem comuns neste pais.

Apesar da demora no começo da apresentação, a faixa de abertura foi nada menos que uma das minhas favoritas: „From the Cradle to the Grave“. É injusto não mencionar uma pessoa em particular que tornou tudo isso possível: o Maestro Victor Smolski (guitarrista). Por favor digam-me o que este cara fez para tocar guitarra deste jeito! Ele não é humano! Infelizmente, perdi algo que o navio te oferece, fora dos palcos . De acordo com testemunhas, Victor smolski tocou uma par de músicas clássicas no piano, enquanto estava relaxando em seu tempo livre, o mesmo piano utilizado pela pianista ucraniana vencedora de prêmio VIka Yermolyeva , convidado para tocar clássicos bem conhecidos do Metal durante o evento.

Voltando ao set, o trio foi acompanhado de cerca de 8 integrantes da orquestra incluindo tecladista, violão celo, etc. e uma cantora. A primeira apresentação foi um dos pontos altos de todo o evento. A escolha do palco do Chorus Line Theater para as 2 performances foi mais que apropriada e acertada.

Interlúdios Clássicos juntamente com canções típicas do Rage foram executados e a combinação foi na medida. Durante a performance, Peavey Wagner, líder da banda , pegou o microfone e comentou que isso foi concebido bem antes que o Metallica decidiu tocar com a San Francisco Orchestra e lançar o mundialmente aclamado S&M, o que é verdade.

Mais uma vez é bem difícil me lembrar dos destaques desta apresentação perfeita, porém, além de „From the Cradle to the Grave“, detonaram com faixas como „Turn the Page“ e a última canção „Empty Hollow“.

KREATOR (22:15 – 23:15) – POOL DECK

Vocês notaram que não falei nada do Kreator até agora? Não se preocupe! Eles foram uma das últimas bandas a se apresentar no 70.000 Tons, por isso demorou um pouco para descrever esta horda do caos.

Para começo de conversa, não há tempo ruim quando o assunto é show do Kreator. Se tudo der errado, ainda assim é provável que o show acabara sendo fantástico.

O Kreator pode ser considerado junto com bandas como o Overkill como uma das mais energéticas e ao mesmo tempo precisas de todos os tempos. Infelizmente, verifiquei uma pequena mudança em relação a última tour europeia que rolou até o fim de Dezembro passado: o palco de 3D não foi levado neste evento. Ok, isso já era de se imaginar, seria muito caro e não haveria retorno para apenas 2 shows no barco.Não estou reclamando, mas que isso seria demais, seria, caso o custo não fosse proibitivo.
De volta ao show, a faixa de abertura foi o título do novo álbum „Phantom Antichrist“. Mille, Ventor, Sami and Speedy é a formação mais duradoura, junta desde 2001. Então, não apenas devido a longevidade, mas por se conhecerem tao bem, o entrosamento deles é algo como se fossem um relógio suíço de tao preciso.

Fora a coesão, foi divertido olhar os circle e moshpits formando que foram se tornando cada vez maiores na ocasião. Fora isso, o Kreator é uma instituição universal . No meio das rodas, havia uma porrada de pessoas de todo o mundo: Norte-americanos, Sul-americanos e Europeus e quando você os reúne, não vai prestar, o resultado é puro caos: “good friendly, violent fun“, já dizias o Exodus.

Senti falta de algumas músicas neste set, porém, estava claro que a banda iria varia-lo no próximo e eles fizeram exatamente isso. Os pontos altos foram: Coma of Souls+Endless Pain,Extreme Aggression; Violent Revolution; Enemy of God e People of the Lie. Sim, eles não tocaram desta vez o tradicional medley final com Flag of Hate + Tormentor.

GOTTHARD (0:30 – 1:30) – POOL DECK

O último show que vi nesta noite foi do hard rock suíço do Gotthard. Assim como o Rage, não esperava que o Gotthard tocasse nos EUA. De qualquer forma, graças aos promotores, lá estavam eles.

Sendo bem conhecidos em seu país natal e também nos países vizinhos de língua alemã, Gotthard toca o tipico hard rock europeu, altamente inspirado nos anos 70.

Apesar da ainda recente tragédia referente a perda de seu membro fundador, Steve Lee, Leo Leoni decidiu seguir adiante e felizmente a banda encontra-se em ótima forma! O novo vocalista, o fantástico suíço-australiano Nic Maeder honrou devidamente o legado deixado pelo único Steve Lee. Ele consegue não apenas cantar as músicas antigas do jeito que você espera de alguém que respeite a história da banda, mas também nos demonstra todo seu talento e toque pessoal, carisma e capacidade como compositor.

Levando em consideração toda tour e não exclusivamente estes 2 shows, isso nos deixa seguros que a banda está tocando de maneira coesa e sólida como costumava anteriormente. Nem parece que eles ficaram de fora do circuito há mais de 2 anos.

Todos os membros da banda mandaram bem nesta noite: Marc Lynn, Freddy Scherer, etc . Particularmente, acho o novo álbum Firebirth muito melhor que o último com o Steve Lee, o qual não curti.

Os destaques do set foram canções como: Dream on, Gone too Far e as mais que aguardadas Lift U up e Anytime Anywhere fechando o show.

Boa Noite!

Clique aqui para ler o Capítulo 3.

A SEGUIR: CAPITULO 3 –DESCANSE: VOCÊ ESTA NAS LINDAS ILHAS TURKS AND CAICOS – 3o DIA
AGRADECIMENTOS SPECIAIS : Allison Painchaud (The Ultimate Metal Cruises)
Jan Rosenberg & Björn von Oettingen (CMM Marketing)

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