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Turnê de despedida do Sepultura

Turnê de despedida do Sepultura. Crédito: Divulgação

Relembre os 40 anos do Sepultura com sua discografia 

Enquanto Sepultura roda o mundo com a turnê de despedida, relembre todos seus discos de estúdio

O Sepultura completa 40 anos e atualmente roda o mundo com sua turnê de despedida, Celebrating Life Through Death. A banda já passou por alguns estados do Brasil, como Paraná e Santa Catarina. Em agosto, depois de passar pela Coreia do Sul, a banda volta para shows no interior de São Paulo, Mato Grosso e Rio de Janeiro. Confira todas as datas, informações sobre ingressos e mais no site oficial da banda.

Enquanto a despedida não chega à sua cidade, preparamos uma lista com os dezessete álbuns de estúdio lançados pelo o Sepultura nesses 40 anos. A lista está em ordem cronológica e traz uma música para cada um deles.  

Bestial Devastation (1985)

Esse foi o primeiro EP da banda, gravado pela Cogumelo Records. A formação da época era Max Cavalera, Jairo Guedz, Paulo Jr. e Igor Cavalera. Por conta dos recursos disponíveis na época, os instrumentos usados na gravação foram emprestados ou alugados. Vários amigos ajudaram na criação do álbum, desde participação na introdução de músicas até no desenho da capa do álbum. Além disso, como não sabiam inglês precisavam de ajuda para traduzir as letras. 

Em 1985, aconteceu o primeiro Rock In Rio que teve no line up Whitesnake, AC/DC, Iron Maiden, Queen, Ozzy Osbourne e Scorpions. Isso ajudou a difundir o heavy metal no Brasil. Em poucos meses, a banda vendeu oito mil cópias do álbum, o que ajudou a alavancar o Sepultura.

Morbid Visions (1986)

Nesse segundo registro em estúdio, ainda aprendendo inglês, a banda seguiu com a mesma formação. Foram 8 faixas gravadas no que seria  um dos primeiros discos de death metal/black metal do mundo. O álbum teve uma produção pobre por conta da pouca experiência do grupo. Em seguida a banda mudou-se para São Paulo e começou a ser reconhecida na cena underground do metal. 

Schizophrenia (1987)

Esse é o primeiro álbum da banda com Andreas Kisser e marca a saída de Jairo. Além disso, aconteceu a assinatura do contrato com a Roadrunner Records e inicio da carreira internacional. Nesse disco eles se aproximam mais do black metal. Na época, as casas de show americanas tinham receio de contratar o show da banda por conta do seu estilo musical. 

Beneath The Remains (1989)

Neste álbum a banda segue com a mesma formação e já se mostra bem mais madura. Considerado um clássico do thrash metal,  sua produção foi negociada com a gravadora Roadrunner Records. Certamente muito mais elaborado que os anteriores e com equipamentos avançados para época no Brasil. Por conseqüência, a banda deixou de ser underground e ganhou o mundo. 

Arise (1991)

Aqui a banda manteve o estilo thrash metal do álbum anterior. Mas também começou a mostrar influências de outros estilos como música industrial, hardcore punk e a percussão Latina. Aclamado pela crítica, é considerado por vários fãs o melhor álbum da banda. Esse foi o primeiro disco do Sepultura a entrar na lista da Billboard

Chaos A.D. (1993)

O sexto álbum marcou uma mudança de estilo da banda, que passou a tratar com maior frequência questões sociais como revoltas populares, conflitos territoriais e brutalidade policial. Além disso, se aproxima do estilo groove metal e deixa um pouco de lado o thrash. O disco foi muito bem recebido e é considerado um dos melhores álbuns de metal de todos os tempos. Inclusive figura na lista dos 100 melhores álbuns brasileiros da revista Rolling Stone Brasil.

Roots (1996)

Nesse álbum o Sepultura abraça a cultura brasileira e flerta com o nu metal. A mistura de guitarras em afinação baixa, riffs rítmicos e batidas indígenas permeia o disco. Esse seria o último disco que contou com a participação de Max Cavalera. Sua produção contou com a participação de Carlinhos Brown e Mike Patton do Faith No More. Além disso, teve gravações feitas na tribo indigina Xavantes. O disco é referência até hoje e foi o mais vendido da banda.

Against (1998)

A partir desse disco Derrick Green assume o lugar de Max Cavalera. Neste álbum a banda trouxe referências da cultura japonesa. Um grupo de percussão japonesa participou de algumas faixas. Porém depois do sucesso do anterior, a vendagem desse disco foi baixa.

Nation  (2001)

O nono álbum do Sepultura contou com diversas participações especiais. Entre eles o cantor Jamey Jasta do Hatebreed, Jello Biafra do Dead Kennedys, Cristian Machad do Ill Niño, João Gordo do Ratos de Porão, e Apocalyptica. Mas apesar dos bons reviews recebidos a vendagem foi menor que a do seu antecessor.

Roorback (2003)

Esse é o décimo álbum da banda e o terceiro com Green. Certamente eles recuperam um pouco da energia do álbum Roots e destrincham a realidade em letras contundentes. Por isso dessa vez o álbum consegue uma boa colocação na lista da Billboard e tem uma boa vendagem.

Revolusongs (2003)

O EP foi lançado apenas com covers, nele o Sepultura mostra toda sua versatilidade com versões  de Metallica, Massive Attack e até do U2. Porém, foi lançado apenas no Brasil e Japão e teve boa recepção.

Dante XXI (2006)

Em um álbum conceitual inspirado na Divina Comédia de Dante Alighieri, Igor Cavalera se despede da bateria do Sepultura. Tal qual a obra de Dante, o disco é dividido em três partes: Inferno, Purgatório e Paraíso. Mas apesar dos bons reviews e inúmeros elogios recebidos as vendas não seguiram o mesmo caminho. 

A-Lex (2009)

Seguindo as inspirações literárias em álbuns conceituais, para A-Lex a banda escolheu A Laranja Mecânica  de Anthony Burgess. Quem assumiu a bateria foi Jean Dolabella. O título é um trocadilho com o nome do personagem principal, Alex, e a expressão em latim A-lex (sem lei) em uma referência direta a seu comportamento. Assim, foi eleito um dos melhores álbuns no seu ano de lançamento pela Rolling Stone Brasil.

Kairos (2011)

Esse foi o primeiro disco gravado pelo selo independente alemão, Nuclear Blast Records e o último do baterista Jean Dolabella que saiu logo após seu lançamento. A ideia do disco era refletir sobre a história de 26 anos que a banda completava na época. Bem recebido pela crítica e ficou em boa colocação nas listas de diversos países. 

The Mediator Between Head and Hands Must Be the Heart (2014)

Nesse disco, Eloy Casagrande assume a bateria. Inspirado no filme de ficção científica Metropolis, sendo que o título é uma frase dele. Inegavelmente esse é um álbum bem brutal, sinistro como a muito tempo o Sepultura não fazia. Por fim a volta ao metal obscuro agradou tanto a crítica como os fãs. 

Machine Messiah (2017)

Depois de 3 anos, o Sepultura voltou para discutir como a sociedade está robotizada nos dias atuais. Muito elogiado pela sua qualidade musical, figurou em diversas listas de melhores do ano. Além disso, considerado o décimo oitavo melhor álbum brasileiro pela revista Rolling Stone em 2017. 

Quadra (2020)

Desde 1998 um disco da banda não fazia sucesso como Quadra. Dividido em três partes, passa por todas as fases da banda. O thrash metal da era clássica, o  groove metal do período do Roots e por fim a fase progressiva. Considerado um dos melhores trabalhos da banda por conta de toda sua qualidade técnica. 

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