É isso mesmo, chegamos (quase inteiros) na metade do ano. E que ano, hein? O ano foi, no mínimo, conturbado, mas de uma coisa não podemos reclamar: tivemos muitos lançamentos! E lançamentos incríveis!

Com o fim do primeiro semestre de 2021, o Wikimetal não podia deixar de dar continuidade à tradição de elencar os álbuns  preferidos da redação até agora. No novo episódio do podcast do Wikimetal, a equipe discutiu sobre alguns dos seus lançamentos preferidos e na última enquete perguntamos para vocês, nossos leitores, qual é o seu disco preferido do ano até agora.

Mas, assim como dita a tradição, claro que reunimos aqui uma lista completa com os 25 álbuns preferidos da redação! Confira a lista completa logo abaixo.

30. Rise Against Nowhere Generation

O grupo de punk rock Rise Against chega com seu novo álbum Nowhere Generation, que aborda o cenário político dos Estados Unidos, criticando os grandes empresários e políticos e a dicotomia entre a promessa do sonho americano e a realidade do sonho americano, decorrente da instabilidade social, econômica e política em massa.

29. The Dead Daisies – Holy Ground

O The Dead Daisies chegou com seu quinto álbum de estúdio, Holy Ground, que marca o primeiro projeto da banda com Glenn Hughes nos vocais. Cada faixa do disco tem sua própria história e foi feita com dedicação pela banda, sendo considerado pelos integrantes um álbum “pesado, descolado e um novo começo”. 

28. Noora Louhimo Experience – Eternal Wheel of Time and Space 

Noora Louhimo Experience é a estreia do projeto solo da vocalista finlandesa Noora Louhimo, do Battle Beast. Com  Samuli Erkkilä e JC Halttunen nas guitarras, AP Kauppinen no baixo, Juuso Raatikainen na bateria e Okke Komulainen no teclado, o álbum conta com um cover de “Piece of my Heart”, de Janis Joplin

27. Inglorious – We Will Ride 

O quarto álbum da carreira do Inglorious, uma das revelações do hard rock britânico, chega para mostrar a potência da nova formação do grupo após a saída de três integrantes em 2019. Desta vez com Danny Dela Cruz e Dan Stevens na guitarra e o brasileiro Vinnie Colla como baixista, We Will Ride mostra um futuro promissor e com novas energias ao grupo. 

26. Todd La Torre – Rejoice In The Suffering

O frontman do Queensrÿche, não poderia ter conseguido iniciar sua carreira solo de melhor maneira! Todd La Torre se aventura em um disco fora de sua zona de conforto que tem sua principal característica no thrash metal. A poderosa voz do vocalista da banda de Seattle casa perfeitamente com os riffs nervosos que Rejoice The Suffering traz.

25. Blackberry Smoke – You Hear Georgia

Em You Hear Georgia, o Blackberry Smoke decidiu homenagear a cultura e a música do sul dos Estados Unidos, buscando acentuar as histórias e as coisas boas dessa região do país, que muitas vezes pode ser “mal-compreendida”. Em entrevista ao Wikimetal, o vocalista Charlie Starr falou sobre o uso da tecnologia como parte do processo de composição do álbum e a inspiração no lado negativo das redes sociais para compor a faixa-título.

24. Motorjesus – Hellbreaker

Os alemães do Motorjesus lançaram Hellbreaker como uma mistura de heavy metal e hard rock que só eles conseguem entregar. Sendo o sexto álbum de estúdio do grupo, o trabalho mostra suas forças e seu amadurecimento, apesar de conceitualmente trazer mais do mesmo – mas quem disse que isso é ruim?

23. Ego Kill Talent – The Dance Between Extremes

A banda brasileira Ego Kill Talent lançou em março deste ano o segundo álbum de estúdio da carreira, sucedendo o autointitulado de 2017. The Dance Between Extremes foi gravado no estúdio 606 do Foo Fighters e foi diluído em uma trilogia devido a pandemia do novo coronavírus. O álbum, em sua forma completa, aborda temas atuais como raiva, ansiedade, desejo e confusão e mostra a maturidade do grupo.

22. W.E.T. – Retransmission

Formado em 2008 por Jeff Scott Soto, Erik Martensson e Robert Säll, o supergrupo W.E.T. traz dessa vez 11 canções poderosas de hard rock. O trio carrega na bagagem o clássico gênero, mas no álbum trabalha uma versão mais atual e moderna dele. Retransmission ainda traz os instrumentistas Magnus Henriksson (guitarra), Robban Bäck (bateria) e Andreas Passmark (baixo.

21. Edu Falaschi – Vera Cruz

Vera Cruz marca o primeiro álbum solo do vocalista Edu Falaschi em 30 anos de carreira e sucesso como vocalista do Almah e Angra. Com especial cuidado aos detalhes, o disco conceitual narra uma história ambientada entre Brasil e Portugal na época da colonização, e emplaca uma série de colaborações fantásticas com Max Cavalera, Elba Ramalho e Tito Falaschi entre os convidados.

20. John Diva & The Rockets of Love – American Amadeus

Lançado bem no início do ano, American Amadeus marcou o terceiro álbum de estúdio do grupo John Diva & the Rockets of Love. Inspirados em bandas como Guns N’ Roses, Motley Crue, Bon Jovi, Whitesnake e mais, eles provam que os dias de classic rock e hair metal não ficaram para trás. Com apenas 12 anos de banda, eles mostram, especialmente aqui, que os gêneros continuam vivos e assim devem ficar.

19. Grande Royale – Carry On

Em seu álbum de número 5, o Grande Royale deixou um pouco de lado o experimental utilizado no disco anterior e resolveu focar em seus pontos fortes, trazendo o melhor do rock ‘n roll de garagem. De acordo com a banda, o Carry On foi gravado e produzido por eles mesmos em grande parte, o que possibilitou o foco no rock durante suas 12 faixas, trazendo picos de energia e música pesada.

18. Joel Hoekstra’s 13 – Running Games

O guitarrista Joel Hoekstra lançou esse ano o segundo álbum do seu projeto. Running Games traz Russell Allen nos vocais, Vinny Appice na bateria, Tony Franklin no baixo, Derek Sherinian nos teclados e Jeff Scott Soto no backing vocal. A ideia, de acordo com Joel, era apresentar um pouco mais de seu lado como compositor já que seus álbuns solo, fora do projeto 13, eram feitos em uma pegada instrumental.

17. Sweet Oblivion – Relentless

O segundo disco do Sweet Oblivion demonstra o amadurecimento e o crescimento musical da banda, trazendo músicas boas que brilham na voz de Geoff Tate, como “Another Change” e “Strong Pressure”, apesar de não ser um álbum muito homogêneo na totalidade de suas 10 faixas.

16. Red Fang – Arrows

No início de junho, o Red Fang divulgou o quinto álbum de estúdio da carreira, que demorou exatos cinco anos para chegar. Sucessor de Only Ghosts (2016), o novo disco foi gravado e finalizado antes da pandemia, em dezembro de 2019. Apesar do atraso em relação ao plano original, Arrows chegou relembrando o som atual e contagiante do Red Fangs. Em entrevista ao Wikimetal, Bryan Giles disse que tentaram oferecer a experiência musical mais intensa possível no álbum, mas que suas músicas são qualquer coisa, menos alegres. “Existe uma dicotomia, mas até agora, as pessoas estão de boa com isso. Às vezes existe um choque, espero que seja uma surpresa positiva”.

15. Gojira – Fortitude

O grupo francês Gojira retornou depois de cinco anos com o sétimo álbum da carreira. Fortitude foi inspirado em nomes clássicos do rock, como Led Zeppelin, Jimi Hendrix e Pink Floyd, de acordo com o vocalista e guitarrista Joe Duplantier. O trabalho, que atingiu a marca do disco mais vendido do grupo nos EUA, volta às raízes não apenas no som, mas também na arte e nas letras que, segundo o baterista Mario Duplantier, foram inspirados na cultura indígena. 

14.Thunder – All The Right Noises

O grupo britânico Thunder lançou em março o décimo terceiro álbum de sua carreira, sucedendo o aclamado Please Remain Seated, de 2019. All The Right Noises traz temas atuais e atemporais como saúde mental, diversidade e política, ressonando com o público, que levou o álbum à terceira posição da Billboard na semana do lançamento.

13. Accept – Too Mean To Die

O Accept lançou em janeiro deste ano o primeiro trabalho com a nova formação que conta com o baixista Mark Motnik, que assumiu o lugar do veterano Peter Baltes, e o guitarrista Philip Shouse foi incluído, mudando assim a formação da banda, que passa a ser um sexteto, com três guitarras. Produzido por Andy Sneap, Too Mean to Die traz onze faixas cheias de energia e inspiradas no som do hard rock oitentista.

12. Foo Fighters – Medicine At Midnight

Atingindo o marco de décimo álbum do Foo Fighters, o Medicine At Midnight chega para celebrar o 25º aniversário da banda, que teve suas comemorações adiadas por conta da pandemia. Considerado pela banda “um disco de festa”, o projeto chega com 9 faixas que mostram um lado mais experimental e jovial do Foo Fighters, apostando em elementos do punk rock, funk rock e groove, e trazendo até uma homenagem a Lemmy Kilmister, do Motörhead, na poderosa “No Son Of Mine”.

11. Greta Van Fleet  – Battle at Garden’s Gate

Em seu segundo álbum, o Greta Van Fleet mostra seu amadurecimento enquanto banda e expande suas referências dentro do rock progressivo, trazendo mais um disco conceitual, dessa vez centrado na relação da raça humana com a tecnologia em detrimento da natureza. Em uma de suas faixas, a emocionante “Tears of Rain”, os músicos do Greta buscaram inspiração em uma visita ao Brasil, quando se depararam com a pobreza chocante das favelas do Rio de Janeiro.

10. Architects – For Those Who Wish To Exist

O Architects lançou em fevereiro deste ano o nono álbum de estúdio, For Those That Wish to Exist. Sucessor do aclamado disco Holy Hell, de 2018, o trabalho estreou no topo das paradas de rock da Billboard UK. A marca é especialmente importante para a banda, que foi formada em Brighton, no Reino Unido. For Those That Wish to Exist acompanha a banda nos estágios finais do luto após a perda do guitarrista Tom Searle, que faleceu em 2016 aos 28 anos após uma luta contra o câncer de pele. Poderoso e forte, o álbum também reflete sobre a existência humana e o futuro da humanidade.

09. The Offspring – Let The Bad Times Roll

Depois de quase uma década sem músicas inéditas, The Offspring retornou com um álbum que registra perfeitamente o sentimento da pandemia já no título: Let The Bad Times Roll, a aceitação de que coisas ruins acontecem, então não adianta muito lutar contra isso. A solução proposta pela banda é sair dançando, mas sem deixar de lado comentários políticos e muita irreverência. Com singles bem humorados, como “We Never Have Sex Anymore”, a banda mostra que ainda tem muito a oferecer. 

08. Serj Tankian – Elasticity

Serj Tankian, vocalista do System of a Down, lançou em março seu primeiro EP solo.  Intitulado Elasticity, uma brincadeira com o nome do aclamado álbum do SOAD Toxicity, o trabalho traz faixas originalmente escritas há anos para um possível novo álbum do grupo, mas, devido aos problemas criativos que eles enfrentam, nunca foram utilizadas. Claro, o som elementar do grupo está presente no EP, afinal Tankian é o responsável por grande parte da produção artística e criativa da banda. Leia nossa resenha completa do EP aqui.

07. Smith/Kotzen – Smith/Kotzen

Em março, a dupla de guitarristas e cantores Richie Kotzen e Adrian Smith lançou o disco de estreia do projeto Smith/Kotzen. A obra traz nove faixas e foi gravada nas Ilhas Turcas e Caicos em fevereiro de 2020, antes da pandemia. Produzido pela dupla e mixado por Kevin “Caveman” Shirley, o álbum tem referências do rock clássico dos anos 70 e também passa pelo blues e o R&B em algumas canções e claro que o resultado ficou imperdível! Leia aqui nossa entrevista com Kotzen sobre o lançamento.

06. Mammoth WVH – Mammoth WVH

Wolfgang Van Halen se apropriou do primeiro nome da banda Van Halen para lançamento do primeiro álbum solo da carreira. Responsável por todos os instrumentos, letras e vocais em Mammoth WVH, o músico mantém vivo o legado de Eddie Van Halen ao usar a lendária guitarra Frankenstrat em algumas músicas, mas sem a pretensão de alcançar a genialidade do pai – e, por isso mesmo, mostra todo o potencial próprio, sem depender de um sobrenome famoso para conquistar o público. 

05. The Pretty Reckless – Death By Rock and Roll

O quarto álbum de estúdio do The Pretty Reckless chega mostrando o amadurecimento não só da banda, mas especialmente da vocalista Taylor Momsen. O Death By Rock and Roll é fortemente inspirado na perda de dois grandes amigos de Momsen, o músico Chris Cornell e o produtor Kato Khandwala. Para lidar com o luto e a depressão, a cantora buscou inspiração em Led Zeppelin, Pink Floyd e nos Beatles, e convidou para fazerem parte do álbum o guitarrista Tom Morello e os integrantes do Soundgarden, Matt Cameron e Kim Thayil, resultando em um disco fortemente enraizado no rock clássico e no hard rock.

04. Myles Kennedy – The Ides of March

De volta à sonoridade mais rock n’ roll, Myles Kennedy lançou o segundo álbum de estúdio em maio. O projeto mantém as influências que marcaram a estreia solo com The Year of the Tiger (2018), equilibrando o universo lírico e sonoro construído ao lado do Alter Bridge, Slash e The Conspirators, mas a personalidade do vocalista e guitarrista se destaca. Ides of March tem um olhar atento para questões sociais e políticas em faixas como “Get Along”, mas não se esquece do universo pessoal ao abordar temas como a confiança nas relações, amor e perda. 

03. Evanescence – The Bitter Truth

O quarto álbum de inéditas do Evanescence chegou 10 anos depois do disco autointitulado e era o lançamento mais aguardado do ano pelos leitores do Wikimetal. Homenageando suas raízes e trazendo elementos do metal, hard rock e rock eletrônico, o Evanescence descreve o projeto como vindo “de um lugar mais cru” com a intenção de “deixar a banda brilhar”. Entre as temáticas estão algumas vivências de Amy Lee enquanto mulher na indústria musical e o luto pela morte de seu irmão mais novo, que faleceu em 2018.

02. Val Santos – 1986

O brasileiro Val Santos viajou no tempo para o primeiro álbum solo da carreira, 1986 volta ao ano em que os estilos thrash e heavy metal dominaram e influenciaram inúmeros músicos em todo o mundo. A década homenageada no disco, além de contar com lançamentos como Master of Puppets, do Metallica, Reign in Blood, do Slayer, e Peace Sells… But Who’s Buying?, do Megadeth, também foi a época em que Val Santos começou a ouvir o estilo e a conviver e trabalhar com bandas que despontaram na cena brasileira como VIPER, Vodu e Volkana. Leia aqui a resenha completa do disco.

01. Helloween – Helloween

Presente, passado e futuro se encontram no autointitulado Helloween, primeiro álbum da banda com a formação apresentada na turnê Pumpkins United. Com o retorno do vocalista Michael Kiske e do guitarrista Kai Hansen, que se juntaram aos outros cinco integrantes, a banda agora conta com Andi Deris (vocal), Michael Weikath e Sascha Gerstner (guitarras), Markus Grosskopf (baixo) e Daniel Löble (bateria) em um álbum de alto nível, com faixas épicas e a mesma química e energia apresentada nos palcos. Leia nossa resenha e entrevista com a banda sobre o álbum aqui. 

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