Você já tinha conhecido suas bandas favoritas de rock quando era criança? Aos 12 anos, Ava Toton não apenas tem uma lista extensa de referências admiráveis da velha guarda, e esbanja atitude segundo EP da carreira.
Dona de uma voz grave e potente, a menina estadunidense é uma cantora, compositora e guitarrista surpreendente, com músicas rápidas, riffs sujos e letras em desafio, cantadas como gritos de guerra, evidenciando um talento prodigioso único.
Em “Charm School Dropout”, faixa-título do EP lançado este ano, Ava se revolta contra o desejo da sociedade de moldar os jovens em formas repetidas e sem criatividade. “Todo mundo se sente um forasteiro e essa música é sobre aceitar quem você é, ser desafiadora sobre não querer mudar para fazer outra pessoa se sentir mais confortável”, contou em entrevista ao Wikimetal. “As pessoas têm sua própria ideia do que é apropriado e como as pessoas devem agir e se comportar. Eu não sei por que todos simplesmente não podem ser eles mesmos e outras pessoas simplesmente aceitarem isso. Não é tão difícil. Defendam-se e digam às pessoas – esta sou eu, é pegar ou largar”.
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Influenciada inicialmente pela família ao jogar Rocksmith no videogame, muito similar ao Guitar Hero, Ava Toton ganhou a primeira guitarra aos cinco anos de idade e nunca mais parou. Começou as aulas no ano seguinte e não demorou para perceber como era boa naquilo, com a paixão pelos palcos surgindo logo em seguida.
Quando a menina completou oito anos de idade, a família já sabia: ela nasceu para ser uma rockstar. “Teve uma apresentação da School of Rock naquele dia, toquei guitarra e cantei os vocais principais em ‘T.N.T.’, do AC/DC, e algumas outras músicas de rock. Depois dessa apresentação, fui transferida para o grupo de músicos de nível mais alto da escola, com crianças muito mais velhas do que eu, e comecei a levar a música muito mais a sério e a praticar muito mais”, lembrou. “Quanto mais eu toco, mais eu amo fazer isso. Eu definitivamente não quero trabalhar em um escritório. Eu prefiro criar música e arrasar no palco”.
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Além da banda de Angus Young, uma das principais inspirações de Ava na guitarra, a lista de influências da menina inclui todos os maiores nomes das décadas de ouro do rock, de Scorpions e Def Leppard a Metallica e Shinedown, passando por Bon Jovi e Mötley Crüe.
Parte das descobertas de nossa equipe no Groover, ela é um destaque impressionante, com mais personalidade artística e atitude do que muitas bandas de músicos experientes na plataforma. A rebeldia juvenil de Ava Toton e a certeza da própria capacidade ao beber da fonte de ídolos absolutos do estilo são uma ótima notícia para o rock – e consolidam a perspectiva de um futuro feminino para o estilo, ainda dominado por homens e fórmulas sexistas.
Citando The Warning, Nita Strauss, Amy Lee, Lilith Czar, Lzzy Hale e a estrela-mirim Nandi Bushell, uma colaboração dos sonhos de Ava (e nossos, a partir de agora!), a menina fala sobre a esperança de um futuro com mulheres dominando o estilo. “Quando ouço rock, não estou ouvindo tantas artistas femininas no rádio quanto homens, mas as coisas parecem estar indo na direção certa. Um dos meus objetivos pessoais é inspirar meninas da minha idade a pegar uma guitarra e começar a tocar. Precisa haver muito mais guitarristas femininas por aí”, disse.
Em “Wake Up The Neighborhood”, Ava convoca amigos para uma festa alta e barulhenta madrugada adentro. “Você quer ir onde as coisas selvagens estão? / Abasteça sua alma / Hora de perder o controle / Vamos aprontar / O som explode sem aviso / Não vou parar esta festa até de manhã (…) / Vamos acordar a vizinhança”, avisa. Se continuar assim, essa vizinhança se estenderá pelo mundo todo. E ainda bem!
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