Os dois primeiros discos do Slayer, Show No Mercy, de 1983, e Hell Awaits, de 1985, foram marcos para o thrash metal. Eles eram mais brutais, sinistros e explosivos do que os lançados na mesma época pelo Metallica e Anthrax, por exemplo. Eles pavimentaram o caminho para os berros e as letras satânicas, muito usados pelo death e black metal que vieram depois. Ainda assim, é o terceiro disco, Reign In Blood, lançado em outubro de 1986, que levou a banda a outro nível artístico e comercial.

Enquanto outras bandas de thrash metal lançavam álbum épicos de 50 minutos ou mais, com mudanças de ritmo e tempo abruptas e vocais quase limpos, o Slayer viu uma abertura. Eles já eram os mais pesados e extremos do gênero. Agora, queriam ser os mais rápidos também. Em 30 minutos de disco, o Slayer mudou tudo.

Por isso, em preparação para o show de despedida da banda no Brasil, o Wikimetal fez um rápido faixa-a-faixa da obra prima do thrash metal, Reign In Blood.

1. “Angel of Death”

A faixa de abertura, “Angel Of Death” é a que moldou uma geração do metal. Mudou todo o contexto do mercado musical da música pesada. Tem um riff de abertura sinistro, Tom Araya com um grito inigualável e essa frase de abertura (“Auschwitz, o significado da dor”). É uma faixa chocante, destrutiva e hipnotizante. Os horrores da letra que se juntam com riffs totalmente empolgantes.

https://youtu.be/EdfzIeyVU44

2. “Piece by Piece” 

Chegando imediatamente depois de uma das melhores músicas de abertura de um álbum de metal, “Piece By Piece” poderia ter caído em insignificância. Mas é uma faixa inventiva, com um riff demoníaco. E é muito rápida, de um jeito assustador.

https://youtu.be/eaHGuuXAeK8

3. “Necrophobic”

A faixa mais curta e mais viciante de Reign In Blood. Um minuto e meio de fúria, velocidade e uma lista de jeitos horríveis de se morrer. O refrão também é ótimo: fala sobre dilacerar carne humana e destruir membro a membro. Ótimo para cantar bem alto nas festas de família.

https://youtu.be/M8An7VV7NYY

4. “Altar of Sacrifice”

“Bem-vindos ao reino de Satã!” berra Tom Araya em “Altar of Sacrifice”. Aqui está a grande celebração de assassinatos ritualísticos planejada pelo Slayer como forma de choque cultural. Há três solos absurdos de Jeff Hanneman. E as frases finais conseguem ser bastante poéticas: “Vendo anjos em ciranda pelos céus/ eternamente procurando por salvação”.

https://youtu.be/STYB52HWHvw

5. “Jesus Saves”

Uma das faixas mais rápidas do disco, “Jesus Saves” é daquelas que mostram como o “Cristianismo é cheio de besteiras” e traz a primeira metade do álbum a um fechamento violento e sem respiros.

https://youtu.be/G983UCRPq_0

6. “Criminally Insane”

Este é o único single lançado do álbum, mas definitivamente não é uma música para rádio. São 143 segundos de thrash metal híper-violento. Mostra como Tom Araya pode soar assustador. É um verdadeiro shot de adrenalina.

https://youtu.be/xFw2ZyyFFaA

7. “Reborn”

Músicas sobre bruxaria e o oculto são sempre bem-vindas. A segunda parte do disco é menos devastadora do que a primeira, mas aqui um dos pontos altos é o solo pesado de Jeff Hanneman.

https://youtu.be/t-wmp7fiaSU

8. “Epidemic”

Esta deve ser a faixa menos memorável do disco, mas ainda assim é muito boa. A introdução de bateria de Dave Lombardo é ótima, apesar de não apresentar outros momentos tão memoráveis.

https://youtu.be/3s1ebVTBrSE

9. “Postmortem”

O riff de abertura de “Postmortem” mostra como o Slayer consegue ser sujo, bem mais do que os companheiros do thrash metal da época. É uma das melhores coisas que Jeff Hanneman escreveu e tem letras totalmente deturpadas. Sem contar que a preparação pro encerramento do disco torna tudo ainda melhor.

https://youtu.be/3s1ebVTBrSE

10. “Raining Blood”

“Chove sangue/ de um céu dilacerado”. Do climático e tenso começo a erupção do caos, “Raining Blood” traz o final perfeito para o disco. É mais uma pedra fundadora da evolução do heavy metal.

https://youtu.be/6rinBx5BQtQ
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