Roem foi eleita por grande vantagem

No começo deste mês, Danica Roem se tornou a primeira pessoa abertamente declarada transexual a se eleger para um cargo constituinte na história dos Estados Unidos. Roem também é vocalista da banda Cab Ride Home, um grupo de Thrash Metal da Virgínia formado em 2006.

Esta semana, a vocalista que ganhou vaga na Câmara de Virgínia por uma larga vantagem sobre o candidato republicano Robert Marshall que tentava a reeleição após 13 mandatos, deu uma entrevista falando sobre Heavy Metal:

“Você ouve falar sobre políticos que gostam de Metal, mas aí tem o político que é do Metal. Eu sou do Metal. Essa é a minha vida”, disse Roem.

Perguntada sobre como começou decidiu que o Metal era uma coisa pra ela, Danica responde:

“Foi na verdade uma evolução natural. Eu cresci consumindo sempre Classic Rock. Eu cresci na época que ainda existia a 105.9 WCXR que era a nossa rádio de Classic Rock local e ela se foi faz tempo, tipo faz 25 anos.

Mas eu cresci ouvindo um monte de Black Sabbath e Led Zeppelin e coisas do tipo. Mas a minha primeira fita cassete foi na verdade o Quadrophenia do The Who.

Meu primeiro show de Metal foi o Ozzfest de 1999 em Bristow com o Black Sabbath como headliner e Rob Zombie e Deftones tocando antes. No outro palco tinha Fear Factory. Então eu fui pro show assim que consegui sair da escola mas perdi o show do Slayer o que foi horrível, o Fear Factory foi a primeira banda que eu assisti ao vivo, numa época que eles significavam algo, sabe?”

Danica conclui:

“O engraçado de eu ter sido eleita e estar nesse cargo público, é que eu sempre vou ser aquela nerd do Metal que desenha o logo do Slayer no canto do caderno. E aqui estou eu, com 33 anos, madrasta, e recém eleita. E eu sigo desenhando o logo com a estrela ninja do Metallica. Isso não muda quando você é eleita. Possivelmente vou desenhar agora em alguma emenda de lei [Risos].

Eu acho que ter assistido o Ozzfest 99 e depois o Metallica fechando o Summer Sanitarium 2000 em Baltimore foi tão marcante, e alguns dias depois Ozzy e Pantera no Ozzfest daquele ano. Mas quando eu estava na escola, meu programa favorito se chamava “Much Loud” e passava sábado a noite, transmitido do Canadá. Lá eu conheci coisas que você não encontrar no mainstream: Napalm Death, Nothingface no começo da carreira! Eles tocavam Black Metal tipo Emperor, que eu não curto. Eu adoro Metal da Suécia, da Finlândia, mas não da Noruega. Eu brinco dizendo que passei a gostar mais de Satyricon depois que ficaram comerciais porque aí eles passaram a soar como uma banda Thrash”.

A entrevista na íntegra pode ser vista aqui.

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