Na última segunda-feira, 20, Nando Machado entrevistou o vocalista do Angelus Apatrida, Guillermo Izquierdo, para o segundo episódio do The Wikimetal Happy Hour. Perdeu essa super conversa ou quer relembrar os melhores momentos dessa conversa? Sem problemas, confere aí embaixo tudo que rolou nessa entrevista:
Começando a conversa com um brinde, (momento que o primeiro entrevistado da série, Eddie Trunk, lamentou ao final da entrevista, ao perceber que não estavam bebendo), Nando e Guillermo conversaram brevemente sobre se adaptar a nova realidade do COVID-19.
Izquierdo conta que, infelizmente, como todas as bandas e artistas na estrada, tiveram que adiar e cancelar a turnê atual em toda a Europa, além do mais, o vocalista fala que esse ano, a banda completa 20 anos, então a comemoração foi um pouco estragada.
No entanto, o Angelus Apatrida não se mantém parado, e se adapta com a realidade do distanciamento social, e está escrevendo e gravando canções novas, além de realizar apresentações, batizada como Quarantine Sessions, para o canal do YouTube da banda direto da casa de cada membro.
Nando inclusive elogia uma das apresentações de uma banda veterana chamada Barón Rojo, em que o Angelus fez uma redenção da canção “Resistiré”, que faz a banda cantar em espanhol novamente, revivendo o começo da carreira. Guillermo também diz que a escolha da canção combina com o momento que estamos vivendo, além de ser o nome de música pop que está fazendo muito sucesso na Espanha.
Além das sessões que a banda está fazendo, Izquierdo também está assistindo a lives de outros grupos, como bandas suíças que podem até ensaiar juntas já que lá a situação não está tão grave.
Sobre o novo disco, Guillermo conta que não existe previsão de lançamento, já que tudo na gravadora está parado devido a pandemia, mas que eles continuam produzindo nova música e provavelmente muita coisa nova, de várias bandas, será lançado ano que vem.
Nando então mostra capas de alguns discos para o músico. No primeiro disco, Reign in Blood, do Slayer, Guillermo já chama o álbum de bíblia sagrada, o considerando um dos maiores discos de thrash metal já feitos. Em seguida, o álbum de 2011 do Mastodon, The Hunter, desperta um “uau!” do músico, e diz que a banda é uma de suas favoritas atualmente. Em terceiro, Metallica com Death Magnetic, de 2008, que o cantor diz ter ficado surpreso, mas que no final gosta do disco. Por último, dois discos por um, Black Sabbath, Vol 4, de 1972, e Heaven And Hell, de 1980, e admite: para ele, o Black Sabbath é Ozzy Osbourne.
Ao ser questionado pela sua longa vinda ao Brasil (depois de ter mostrado algumas vezes a palheta com a bandeira brasileira para a câmera), Guillermo conta que é a segunda vez que estiveram no país, a primeira foi em 2016, e a mais recente, em dezembro do ano passado. O vocalista fala sobre a casa de shows carioca que o Angelus Apatrida tocou ano passado, e elogiou o lugar por parecer um lugar para shows de verdade, e não como em alguns lugares da Europa em que parecem bibliotecas, Guillermo diz ter gostado muito da vibração do público e do lugar. Além do mais, também elogiou a Fabrique, casa de shows paulista em que tocaram. Izquierdo diz que quer voltar para o Brasil o mais rápido possível, talvez ano que vem se a “merda do coronavírus” permitir.
Nando questiona o músico, que falou sobre a cena do metal brasileiro ser muito boa, se ele já ouviu o novo álbum do Sepultura, Guillermo diz que não, mas que pretende conferir o projeto em breve.
A conversa se encerra com um relato de Guillermo sobre pessoas próximas trabalhando na linha de frente do COVID-19 na Espanha, afirmando que eles estão vendo pessoas morrer todo dia e que temos que ficar em casa para isso passar o mais rápido possível.
Confira abaixo uma das sessões de quarentena do Angelus Apatrida, com a faixa “Give ‘Em War”: