Texto escrito pelo WikiBrother Hariel Fontenelle
Pra entender como o Metallica gravou o The Black Album é preciso voltar lá em 1980. Sim, lá em 1980, quando dois garotinhos estavam em um quarto escutando Judas Priest. Esses dois garotinhos inocentes se chamavam de Lars Ulrich e James Hetfield.
Com a virada de década prestes a acontecer, a música estava sentindo que iria mudar novamente, algo que já era natural nas décadas anteriores. Como podemos citar quando as guitarras do rock psicodélico com notas extremamente complexas foram substituídas por uma guitarra simples de três acordes com uma agressividade absurda.
A nova onda do heavy metal britânico estava invadindo a mente dos garotos que sonhavam em criar uma banda de heavy metal. Lars, dinamarquês tinha um conhecimento maior de música por conta de ter passado um bom tempo na Europa. Já James aproveitava isso para aprender e aperfeiçoar o seu gosto musical.
Vamos pular agora 10 anos e parar em 1990. O Metallica era a maior banda do mundo na época, batendo de frente com o Guns N’ Roses do menino Axl. A banda já tinha gravado quatro excelentes álbuns, o agressivo Kill ‘em All, o pesado Ride the Lighting, o estrondoso Master of Puppets e o controverso All Justice for All.
É fato afirmar que a perda de um dos maiores baixistas que esse planeta já viu contribuiu muito para a mudança do som da banda. Mr. Cliff Burton, um virtuose, um pai para o restante da banda mostrava que o Metallica seguiria o caminho oposto dos demais grupos, mas quando fatídico e trágico acidente ocorreu o destino do Metallica mudaria para sempre.
Em 1989, o Metallica fez um show em Seattle, isso mesmo a cidade do grunge anos mais tarde. Esse é o meu show preferido do Metallica, pois nele mostra como a banda era capaz de fazer um grande show apesar dos problemas. Em um certo dia, Kirk Hammett, guitarrista da banda, estava escutando o álbum Dr. Feelgood (1989) do Mötley Crue. Este disco lhe chamou atenção pela sonoridade e principalmente pelo som limpo dos instrumentos.
O Metallica queria partir para a última década do século XX com algo que se tornasse eterno, que fosse um álbum para chocar as pessoas. Então no dia 12 de agosto de 1991 foi lançado o maior álbum do Metallica, o Black Album, como um capa muito esquisita, sejamos francos. Mas James Hetfield explicou que a capa era daquele jeito para as pessoas prestarem atenção nas músicas e não na capa. Deu muito certo, pois os maiores hits do Metallica estão nesse álbum como “Enter Sandman”, “Nothing Else Matters”, “Sad Bud True” entre outros.
O Metallica ampliou os seus horizontes com esse álbum, antes visto entre os fãs de thrash já estava sendo aclamada por um público mais pop. A MTV é essencial para o sucesso desse álbum. As rádios também tiveram um papel importante para a apreciação desta obra prima. Os saudosistas odiaram esse lançamento alegando que o Metallica se vendeu para conseguir muita grana e com isso muitas pessoas chegaram a abandonar a banda, rasgar camisa e cuspir no palco em alguns shows. A verdade que esse álbum do Metallica ou você ama ou você odeia.
Eu, comecei a escutar Metallica por ele, mas quando eu escutei os antigos eu pirei. Nunca tinha ouvido uma porradaria tão grande como nos primeiros álbuns da banda. Mesmo gostando muito do Ride the Lighting eu preciso dizer que apesar das dificuldades e do preconceito, o Black Album é um grande disco que abriu as portas para o que viria ser depois.
Concorde ou não, mas esse feito fez a banda ampliar o seu público deixando os fãs mais antigos enfurecidos e os novos fãs mais animados. O que viria depois do Black Album vai ser escrito por mim em outro momento. Obrigado por dedicar seu tempo para ler o meu primeiro texto, abraço!
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